Só em maio, exército israelense prendeu 33 palestinos em Hebron

O exército israelense deteve pelo menos 33 palestinos desde o começo do mês no distrito de Hebron, no extremo sul da Cisjordânia, informaram neste sábado fontes palestinas.

Segundo o Clube de Prisioneiros da Autoridade Nacional Palestina (ANP), o exército israelense prendeu 33 palestinos desde o começo de maio. Os dois últimos foram detidos neste sábado na cidade de Hebron e na aldeia de Halhul, ao norte desta cidade.

Na cúpula de Sharm el-Sheikh, no dia 8 de fevereiro, as autoridades israelenses se comprometeram a suspender as operações na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, que durante os últimos anos foram uma rotina diária para o exército israelense. A suspensão só não aconteceria em casos de ataque iminente.

Enquanto isso, na cidade de Hebron um grupo de colonos atacou palestinos e casas nos arredores do Túmulo dos Patriarcas, sagrado para judeus e muçulmanos.

Segundo as fontes, uma menina palestina de 12 anos teve ferimentos em várias partes do corpo, inclusive na cabeça e no rosto.

Na parte velha da cidade de Hebron vivem cerca de 450 colonos judeus, protegidos pelo exército israelense, no centro de uma localidade onde há mais de 140 mil palestinos.

No entanto, o governo israelense poderia aprovar amanhã a libertação de 400 prisioneiros palestinos, o que, depois da libertação de 500 há vários meses, representaria o cumprimento do compromisso de libertar 900 presos, assumido antes da cúpula de Sharm el-Sheikh.

Alguns deputados do governo israelense, no entanto, se opõem à medida, porque consideram que a ANP não cumpriu a promessa de neutralizar facções armadas palestinas e evitar os ataques contra Israel.

Segundo a emissora de rádio israelense, entre os palestinos que serão libertados não há nenhum envolvido em ataques que tiveram vítimas israelenses nem ninguém que tenha cumprido menos de dois terços da pena.

A ANP denuncia que desde a libertação dos 500 prisioneiros, o exército israelense já prendeu centenas de palestinos.