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Internacional
Terça - 10 de Maio de 2005 às 16:50

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A única mulher que apresentou sua candidatura às eleições presidenciais de setembro no Egito, Nawal Saadawi, denunciou hoje que as autoridades estão boicotando sua campanha eleitoral.

Saadawi disse que não pôde realizar uma manifestaçãa em seu povoado de origem, Kafr Tahla, porque a polícia ameaçou com represálias aos moradores que comparecessem.

Os moradores, que já tinham preparado o lugar em que seria realizado o evento, relataram as pressões das autoridades a Saadawi, que decidiu cancelar a reunião.

As próximas eleições presidenciais serão as primeiras nas quais os egípcios poderão votar em mais de um candidato, após a reforma eleitoral do Parlamento.

Além disso, Saadawi denunciou que a biblioteca oficial Alexandrina (na cidade de Alexandria, um dos centros culturais mais prestigiados e ativos do país) anulou no fim de semana passado, sem razão aparente, uma intervenção sua, apesar de não ter nada a ver com sua campanha eleitoral.

A escritora, uma das pioneiras do feminismo no mundo árabe, também denunciou que há tempo foi silenciada nos meios oficiais egípcios, como a televisão, a rádio e os jornais governamentais.

A Academia de Al Azhar, encarregada de dar o "consentimento" a todos os livros publicados no Egito sempre que não contradigam os princípios do Islã, proibiu seu último livro, intitulado "Al Rawaya" (A Novela).





Fonte: EFE

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