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Economia
Terça - 03 de Maio de 2005 às 20:40
Por: Alana Gandra

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Rio - O otimismo do brasileiro continua em baixa. É o que aponta a XVII Sondagem de Expectativas do Consumidor, divulgada hoje pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). De acordo com a pesquisa, realizada com dados coletados entre os dias 5 e 20 de abril passado entre 1.462 mil chefes de domicílio em todo todo o país, a confiança do consumidor caiu pelo terceiro mês consecutivo.

A parcela dos chefes de família satisfeitos com sua própria situação econômica no momento atual caiu de 15,4% em março para 13,1%, nível apurado em novembro de 2004. Já aqueles que consideraram a situação econômica da família ruim subiram de 24,7% para 28,6%. Na análise da FGV, a diferença entre as percepções boa e ruim, da ordem de 15,5 pontos percentuais, foi a pior desde agosto de 2004, quando atingiu 16,2 pontos percentuais.

O economista Aloísio Campelo, da FGV, chamou a atenção para o fato de que a avaliação sobre o momento atual é feita com dados da realidade do brasileiro. Em relação à economia no momento presente, a percepção mostrou diminuição de 17,9% para 14,1% da população que definiu a situação melhor do que no semestre anterior, enquanto a parcela que considerou a situação pior cresceu de 21,4% para 25,8%.

Já a expectativa em relação à situação do país nos próximos seis meses melhorou depois de três meses de deterioração. "Em relação ao futuro, de março para abril não é tão claro esse movimento de declínio das expectativas do consumidor", salientou Campelo. O total de consumidores otimistas elevou-se de 37,6% para 40,0%. Os que apostam em que a situação irá piorar cresceu, por sua vez, de 14,2% para 14,8%.

Em contrapartida, a proporção de consumidores otimistas quanto à situação econômica da família no próximo semestre apresentou queda, passando de 54,7% para 51,6%. Já a dos pessimistas foi ampliada de 7,1% para 8,0%. Segundo a FGV, a diferença entre as duas respostas de melhoria e piora da situação foi de 43,6 pontos percentuais. Este é o pior resultado desde julho de 2004 (41,9 pontos percentuais).

O economista da FGV analisou que "se você considerar o fato de que as perguntas que avaliam a situação atual ou a situação atual comparada com o passado pioraram em relação a março e as perguntas para o futuro estão zero a zero, a confiança do consumidor que sintetizaria essas duas coisas estaria piorando, ou diminuindo".

A sondagem revela que outro foco significativo de preocupação do consumidor, que é o mercado de trabalho, também registrou expectativa negativa. Um total de 55,4% dos consultados disseram que será mais difícil obter emprego no próximo semestre. O resultado supera em seis pontos percentuais a resposta dada no mês passado e constitui o maior percentual desde abril de 2004, quando foram apurados 60,3%.

Em relação à inflação esperada para este ano, a previsão média foi de taxa em torno de 8,95%, contra 8,90% nas duas sondagens anteriores.





Fonte: Agência Brasil

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