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Economia
Sábado - 23 de Abril de 2005 às 14:29

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Rondonópolis, MT - “O Brasil não comporta os níveis de crescimento da agricultura. A saída é buscar novas formas de financiamento. E o mundo está repleto de recursos financeiros”. Assim Paulo Rabelo de Castro finalizou a palestra, realizada na tarde de sexta-feira 22.03) na Agrishow Cerrado, em Rondonópolis (220 km ao Sul de Cuiabá).

O cenário econômico para o agronegócio foi o assunto tratado pelo economista. Castro enfatizou que o caminho para a agricultura brasileira crescer é internacionalizar os créditos, buscar financiamento de fontes estrangeiras. “Em 2010, sem querer teremos invadido as fronteiras agrícolas. Para tanto, precisamos estar preparados”, alerta.

Quanto à participação de Mato Grosso, Castro foi enfático em dizer que o agricultor do estado tem que se convencer de que não está aqui por acaso. As fronteiras agrícolas serão abertas à medida que o setor produtivo se organizar. “O produtor tem de internacionalizar sua produção, buscar novo padrão de agrofinanciamento”.

O agronegócio brasileiro é responsável por 37% do Produto Interno Bruto (PIB), equivalente a R$ 458 bilhões. A cadeia produtiva é responsável pelo superávit da balança comercial. Ele reconhece que esses números são expressivos e revelam o crescimento extraordinário da agricultura. No entanto, esse cenário traz desafios para o setor, que não pode definir rumos olhando para a realidade nacional, cujo crescimento econômico está estagnado há décadas.

Dados levantados pelo economista apontam que a economia mundial cresceu velozmente em sete anos. Enquanto a brasileira deu saltos bem pequenos. A taxa média de crescimento real entre 2000 a 2005 no Brasil é de 2,8%. A Rússia, a Índia e a China registram taxas de 6,7%, 6,0% e 8,5%, respectivamente.

“A economia brasileira está totalmente vinculada à economia mundial, não há como negar esta dependência”, declara Castro. O ciclo do commodities em termos mundiais é relevante para o nível de planejamento da economia brasileira, endossa.

Paulo Rabelo de Castro também é professor, com doutorado em Filosofia pela Universidade de Chicago (EUA) e bacharel em Direito pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Foi ainda redator-chefe da revista Conjuntura Econômica, da FGV. É membro do conselho curador da Fundação Getúlio Vargas e do Conselho de Economia da Federação das Indústrias de São Paulo, Rabelo de Castro tem larga experiência em análise de conjuntura econômica.





Fonte: Assessoria/Fundação MT

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