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Carros & Motos
Segunda - 26 de Novembro de 2012 às 08:45
Por: Priscila Dal Poggetto

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Reprodução
Nissan Frontier comemora 10 anos com edição especial
Nissan Frontier comemora 10 anos com edição especial
As dez velinhas de aniversário da Frontier “brasileira” não foram assopradas por um modelo totalmente novo para bater as concorrentes Ford Ranger, Chevrolet S10 e VW Amarok. Com os investimentos da montadora concentrados nos modelos da plataforma “V” (March e Versa) – carros com maior volume de vendas -, a boa e velha Frontier continua boa e velha. Para o aniversário não passar em branco ela oferece agora a série especial “10 Anos”, alguns retoques no visual e mais equipamentos.



Concorrentes; Nissan; Frontier (Foto: G1)




As versões na edição especial são, na verdade, complementações na linha: 10 anos SV Attack 4X2 (R$ 95.990), 10 anos SV Attack 4X4 (R$ 104.190) e 10 anos SL AT 4X4 (R$ 124.990). Todas as versões são equipadas com motor turbodiesel 2.5 16V, de 163 cavalos e 41,09 kgfm de torque, no caso da 4X2, ou 190 cavalos e 45,8 kgfm, nas 4X4.

As duas SV vêm de série com direção hidráulica com ajuste de altura, ar-condicionado, rodas de liga leve aro 16’’ com novo desenho, faróis de neblina, computador de bordo, rádio MP3, SD Card, entrada auxiliar, chave presencial, alarme com telecomando, freios ABS e EBD. Já a SL traz ainda controle de estabilidade (VDC), ar-condicionado de duas zonas, conector para USB, 6 alto-falantes, câmera traseira com visualização no console central, rodas de liga leve aro 18 com novo desenho, acabamento interno cromado e piloto automático (controle de velocidade).

Visual mais simpático
Não que se percebam rapidamente as mudanças visuais da Frontier “10 anos”, mas, ao olhar com mais atenção, nota-se as lanternas com máscara negra, as rodas diferenciadas, a cor “titanium” no centro do para-choque, frisos na carroceria e a logomarca “10 anos”.

Frontier superou subida íngrime durante teste (Foto: Divulgação)
Frontier superou subida íngrime durante teste
(Foto: Divulgação)


 

Mas é no interior da picape que as mudanças estão nítidas, com um acabamento bem melhor em relação às versões “normais”. Somente a SL tem detalhes cromados e ar-condicionado de duas zonas, mas todas vêm com novos desenhos da direção, do painel de instrumentos e do console central. A picape ganhou mais “classe” no acabamento, mas ainda fica atrás das principais concorrentes. Pode-se dizer que ela supera a Toyota Hilux, empata com a Amarok e perde de Ranger e S10.

Barro até o teto
O G1 avaliou a convite da Nissan as duas opções com tração nas quatro rodas, sendo a SV com câmbio manual e a SL automática. O trecho foi pequeno, mas em um circuito feito especificamente para “brincadeiras” off-road em um hotel fazenda em Vinhedo, no interior de São Paulo. O objetivo era testar os novos equipamentos de segurança, assim como o comportamento da tração 4X4, por isso, não era qualquer carro que superava as irregularidades.

A primeira versão testada foi a SV, que não tem o sistema eletrônico de controle de estabilidade (VDC). Diversos obstáculos passaram pelo caminho da Frontier, entre eles, subidas extremamente íngremes, troncos de árvores (que forçam os pneus a perder contato com o solo), poças fundas de água com bastante lama, pedregulhos etc.

Por causa das pedras, a picape SV dançou um pouco, o que foi imperceptível na versão SL, mas nada que prejudicasse a condução. O mais legal desta versão, inclusive, é o câmbio manual que garante uma presença maior do motorista nas, digamos, tomadas de decisão.

Novo sistema de estabilidade na Frontier aumenta a segurança no off-road (Foto: Divulgação)
Novo sistema de estabilidade na Frontier aumenta
a segurança no off-road (Foto: Divulgação)


 

A tração 4X4 aguentou sozinha, sem o sistema de estabilidade, todos os pontos críticos. Com a 4X4 reduzida ligada (as mudanças na tração são feitas por um botão), naturalmente, na subida extrema foi preciso uma aceleração maior, mas nada sofrível. Já no trecho de inclinação, a picape se deparou com uma erosão profunda na saída (os chamados “facões”). Para sair da armadilha, foi preciso manobrar com a ajuda da marcha à ré para o carro voltar a ter tração.

A bordo da SL, que tem um sistema eletrônico bem complexo para “pegar a picape no colo”, o passeio off-road foi tranquilo e não reservou surpresas. Esse sistema VDC, engloba diversos equipamentos, como o TCS (ele impede que as rodas girem em falso durante arrancadas), ABLS (aplica o freio e manda tração para a roda que não está no buraco) e ESC (impede que o motorista perca o controle do carro, ele é composto por um sensor em cada roda, um no ponto central do veículo e outro na direção e freias as rodas certas no momento certo). Em outras palavras, a Frontier não atola e não perde a estabilidade.

Conclusão
O pacote especial torna a Frontier mais interessante, mas não que isso tire a necessidade de uma renovação de verdade, já que concorrentes como Amarok, S10 e Ranger têm seus principais atrativos nas novas plataformas, bem mais modernas. Mesmo assim, é uma ótima picape para quem brinca no off-road ou usa o veículo para trabalhar em zonas rurais. Ela é forte e tem bom desempenho no asfalto, o que reflete hoje em 11% de participação nas vendas de picapes no país.

Previsão para renovação, por enquanto, não há, mas 2014 seria uma boa data para a Nissan, quando terá os benefícios do novo regime automotivo com a abertura da fábrica no Rio de Janeiro. Um ano, aliás, que indica ser mais importante para a montadora do que novembro de 2002, quando as primeiras Frontier saíram da fábrica no Paraná. Tanto é que a Nissan quer ser a marca asiática mais vendida no Brasil e pretende consolidar o investimento com a chegada da marca de luxo Infiniti, confirmada no último sábado (24).

Interior da Frontier ganhou novo desenho na edição
Interior da Frontier ganhou novo desenho na edição "10 Anos" (Foto: Divulgação)





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