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Internacional
Terça - 07 de Dezembro de 2004 às 21:55

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O Egito anunciou nesta terça-feira ter conseguido um entendimento com israelenses e palestinos sobre um "plano de ação" para uma solução global do conflito no Oriente Médio e propôs a realização de um conferência de paz para o próximo verão em Washington.

A notícia foi confirmada por um dirigente israelense, que não pôde assegurar a realização da conferência de paz em Washington.

"Um importante entendimento, que pode constituir um acordo de princípio, foi obtido entre Egito, israelenses, palestinos e as partes internacionais envolvidas -os Estados Unidos e a União Européia- sobre um acerto global do conflito entre israelenses e palestinos", destacou a agência oficial egípcia Mena, citando fontes de alto escalão".

Estas fontes prevêem que os preparativos (para este plano de ação) vão continuar até julho e, depois, a ação política começará", segundo a Mena.

"O quadro deste plano foi efetivamente estabelecido (...) e as discussões estão em andamento para obter um acordo claro sobre os pontos indefinidos", continuaram.

Estes pontos prevêem principalmente a assinatura de um acordo bilateral de cessar-fogo, através do qual a Autoridade Palestina se comprometerá a acabar com as operações contra Israel e consolidar o controle da situação na Faixa de Gaza e na Cisjordânia", destacou a Mena, citando as mesmas fontes.

Em março, diferentes grupos palestinos se reunirão no Cairo para tentar assinar um acordo de paz.

Neste contexto, o primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, assegurou o fim de todas as operações militares israelenses contra os palestinos desde que eles respeitem o tratado de cessar-fogo e controlem seus territórios", segundo as fontes.

Porém, o premier rejeita um acordo por escrito sobre esses termos e diz que não é necessário, a princípio, assinar um cessar-fogo até que esteja pronta a reconstrução da capacidade de segurança e administração da Autoridade Palestina", disseram as mesmas fontes.

Sharon fez estas declarações após se reunir, em Israel, com o chefe dos serviços de Inteligência egípcios, Omar Suleiman, e o chefe da diplomacia egípcia, Ahmed Aboul Gheit, quando ele "prometeu formalmente desbloquear uma parte dos bens palestinos congelados por Israel", continuaram as fontes.

Este plano prevê ainda a reabertura do porto e do aeroporto de Gaza, assim como um projeto israelense-palestino de construção de uma estrada de ferro ligando a Faixa de Gaza à cidade de Qalqiliya, no norte da Cisjordânia.

Do lado israelense, um alto funcionário do ministério das Relações Exteriores disse, sob anonimato, que estas medidas adotadas por mediação do Egito visam, sobretudo, "facilitar a realização das eleições presidenciais palestinas previstas para 9 de janeiro, tirar as barreiras militares nos territórios palestinos e autorizar as missões de observação da União Européia no local para ajudar a organizar a votação".




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