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Politica Brasil
Domingo - 17 de Outubro de 2004 às 13:58

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A Gazeta - Quais serão suas primeiras medidas como prefeito?

Júlio Ladeia - A formação do grupo de trabalho permanente para que a sociedade esteja envolvida na administração. Temos algumas prioridades na questão de saúde e de infra-estrutura, que são emergenciais. A questão dos salários do funcionalismo público não deverá ser problema, já que devo receber a administração sem atrasos salariais.

A Gazeta - O senhor credita sua popularidade às denúncias contra o ex-prefeito Jaime Muraro?

Ladeia - Além do caso Jaime Muraro (ex-prefeito), político que denunciamos e que resultou na sua cassação, acho que nossa postura como candidato, como uma nova opção como política, foi aceita pela população. Essa forma de fazer política teve o respaldo popular, mostrando através de nossas propostas que eram possíveis de ser realizadas, sem falsas promessas.

A Gazeta - Qual foi o ponto alto da denúncia contra Muraro?

Ladeia - Foi possível provar tudo aquilo que nós denunciamos na televisão. Porque existem denúncias vazias: aquelas que se perdem com o tempo. Nós conseguimos denunciar e provar que estávamos falando a verdade.

A Gazeta - O prefeito Jaime Muraro voltar à administrar Tangará?

Ladeia - Não tem a mínima possibilidade até porque acredito muito na Justiça. Ele vai ter que devolver tudo que foi desviado. O povo também não vai acreditar mais nele. Hoje há muita informação, ela está muito rápida, dinâmica. A denúncia correu o Brasil. Ele não vai enganar mais ninguém.

A Gazeta - O senhor tem desejo de concluir o seu mandato de prefeito ou pretende concorrer a próxima eleição?

Ladeia - Primeiro tenho que fazer a lição de casa. Quero fazer meus quatro anos bem feitos. Depois a gente vê. Não temos que diminuir ninguém ou ser prepotente. Fomos os escolhidos, não somos melhores do que ninguém. Temos que provar competência em quatro anos, para poder rir de alguém e dizer: olha! nós estávamos certo.

A Gazeta O que Tangará da Serra mais precisa?

Ladeia Tangará da Serra precisa muito mais de uma administração séria, porque é uma cidade que tem vida própria. Geograficamente é bem localizada. Temos aptidão muito grande para o turismo, que não foi explorado. Temos um setor educacional muito bom com várias faculdades. Um comércio muito forte. Uma indústria indo por si só. A gente vai buscar na agroindústria uma forma de geração de riqueza e emprego. São muitos fatores importantes que nós vamos priorizar.

A Gazeta - Essa eleição é um resgate da credibilidade da classe política?

Ladeia - O eleitor buscava alguém que ele podia acreditar. Uma pessoa de coragem capaz de defendê-lo e lutar pelos interesses coletivos.

A Gazeta - Esperava vencer?

Ladeia - Foi uma comoção. Nunca tinha visto uma população depositar tamanha expectativa na eleição de um candidato. No dia da eleição haviam mais 1,5 mil carros e motos na avenida Principal de Tangará da Serra e mais 10 mil pessoas caminhando pelas ruas.

A Gazeta - Como o senhor classificaria a disputa eleitoral no município?

Ladeia - Essa eleição foi histórica, porque praticamente não gastamos dinheiro com a campanha, enquanto nossos adversários tinham orçamento e tudo. Acredito que nós não tenhamos gastado nem R$ 50 mil. Não colocamos santões, cartazes, nem santinhos. Não sujamos a cidade nem estimulamos nenhuma iniciativa que fosse contra os interesses da cidade. Utilizamos apenas uma cartilha simples que trazia as fotos de todos os candidatos. Dispúnhamos do menor horário na TV, 4min6s. Na estrutura dos comícios o palco era o menor em função do número de candidatos.





Fonte: A Gazeta

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