A quadrilha que assaltou duas agências bancárias da cidade de Comodoro, a 677 quilômetros de Cuiabá, de forma simultânea nesta terça-feira (30) clonou a placa de uma das caminhonetes usadas na ação criminosa, segundo informou a polícia. O veículo, inclusive, foi queimado pela quadrilha durante a fuga.
De acordo com informações da Polícia Civil, a caminhonete portava uma placa da cidade de Colíder, cidade a 648 quilômetros de Cuiabá. Porém, as investigações comprovaram que o veículo foi roubado em Várzea Grande, na região metropolitana de Cuiabá, e teria sido usado em um assalto na cidade de Jangada. “Possivelmente essa caminhonete foi a mesma utilizada pelos bandidos para praticar o roubo na cidade de Jangada onde, inclusive, foi atacado um posto da Polícia Militar e foram roubadas algumas armas deles”, afirmou o delegado Vinícius Presotto.
Já a outra caminhonete também utilizada pelos criminosos foi roubada de um casal que passava por Comodoro. Marido e mulher foram obrigados a levar os criminosos até o primeiro banco atacado.
O servidor público, Sóstenes Gomes Ribeiro, contou como tudo aconteceu. “A gente entregou a vida para Deus. O meu grande medo era que a polícia, ao saber de alguma coisa, abordasse as duas caminhonetes já atirando. Iriam pensar que todo mundo era bandido”, salientou. A caminhonete do casal foi abandonada pelos criminosos e recuperada pela polícia.
De acordo com o capitão da Polícia Militar, Mário Roberto Pereira, os criminosos atiraram contra os aparelhos do circuito interno de televisão e jogaram as câmeras na caminhonete que eles atearam fogo. “Não temos imagens oficiais dos assaltos pelo circuito interno de televisão. Apenas as imagens de moradores que registraram a ação dos criminosos”, informou o capitão ao G1.
O assalto

Grupo obrigou reféns a formar "escudo humano"
durante roubo às agências (Foto: Jornal O Diário)
Segundo informações da polícia e dos moradores, pelo menos oito assaltantes participaram da ação criminosa. Eles se dividiram para assaltar as duas agências. Um grupo foi até uma agência, rendeu funcionários e clientes, enquanto outros ladrões foram até o outro banco localizado a cerca de 200 metros de distância.
Durante a ação, pessoas foram feitas reféns e usadas como "escudo humano" em frente aos locais para dar proteção à quadrilha. Eles fugiram em outros dois veículos e ainda ninguém foi preso pela polícia.
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