Publicidade
Repórter News - reporternews.com.br
Saúde
Quarta - 18 de Agosto de 2004 às 16:59

    Imprimir


Os médicos do Incor e do Hospital das Clínicas, em São Paulo, decidiram aderir ao boicote aos planos de saúde, iniciado em 30 de julho. A medida, anunciada ontem à noite durante a assembléia da categoria, já está em vigor nos dois centros médicos.

Com o boicote, os médicos passarão a atender os usuários de sete seguradoras somente pelo sistema de reembolso. Para ser atendido, o usuário deve pagar R$ 42 pela consulta e depois pedir o reembolso do valor para a seguradora.

Serão afetados os clientes dos seguintes planos:

- Marítima
- Unibanco
- Notredame
- Porto Seguro
- SulAmérica
- Bradesco Saúde
- AGF Brasil

O boicote se restringe aos médicos que possuem consultórios dentro do HC e do Incor. O atendimento público prestado pelos hospitais continua funcionando normalmente.

Na assembléia de terça-feira, os médicos decidiram também que poderão ampliar o boicote para as empresas de medicina de grupo. Essa ampliação será definida na próxima assembléia da categoria, marcada para o dia 9. Se a ampliação for aprovada, os usuários das seguradoras e das empresas de medicina de grupo passarão a ser atendidos pelo sistema de reembolso.

Os médicos aprovaram também a adesão de médicos de outras regiões: Marília e Ribeirão Preto (interior de São Paulo). Os médicos do Estado de Santa Catarina também vão aderir ao boicote a partir da próxima terça-feira, dia 24.

Já aderiram ao movimento profissionais do Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, São Paulo, Sergipe e Tocantins. A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia/Regional São Paulo também anunciou seu apoio ao movimento.

Com o boicote, o médicos querem, entre outras reivindicações, o reajuste da tabela de consultas, que não é reajustada há dez anos.

OAB-SP promove reunião

Na quinta-feira, às 10h, a OAB-SP promove uma quarta e decisiva reunião de trabalho com representantes das empresas de saúde privada, de entidades de defesa do consumidor e de associações médicas para discutir saída para a crise dos planos de saúde.

"Precisamos definir o índice de reajuste dos planos de saúde antigos com máxima urgência, porque na última quinta-feira, a Justiça derrubou liminar que determinava a suspensão do processo de migração e adaptação de contratos antigos para novos", disse o presidente da entidade, Luiz Flávio Borges D'Urso.

O Procon (Fundação de Defesa do Consumidor) e o Idec (Instituto de Defesa do Consumidor) analisaram a proposta para reajuste anual dos planos de saúde de 28,5%, apresentada pela OAB-SP, e decidiram não aceitá-la, alegando que deve prevalecer o índice oficial de reajuste de 11,75% apresentado pela ANS (Agência Nacional de Saúde).




Fonte: Invertia

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/376099/visualizar/