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Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Terça - 25 de Maio de 2004 às 19:34
Por: Nelson Francisco

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O governador Blairo Maggi está apresentando aos chineses as potencialidades de Mato Grosso abrindo caminho para investimentos no Estado a médio e longo prazos. Nesta quinta-feira (27.05), a Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), sexta no ranking das maiores bolsas de futuros do mundo, realiza, em Shanghai, uma conferência em que deverá anunciar a assinatura de memorandos de entendimentos com bolsas chinesas.

De acordo com a assessoria de imprensa da BM&F, a bolsa levou à China 60 especialistas em mercado para negociar ações dos Estados. Em Beijing, a BM&F realizou uma rodada de trabalho e debates entre empresários chineses e brasileiros, com a participação dos governadores dos Estados de Mato Grosso, São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. Esses Estados estarão permanentemente representados no escritório da BM&F em Shanghai. Uma repetição da rodada de trabalho de Beijing será realizada em Shanghai, nesta quarta-feira.

O presidente do conselho de administração a BM&F, Manoel Felix Cintra Neto, disse em Beijing que grandes construtoras brasileiras manifestaram por escrito seu interesse na construção de ferrovias e rodovias ligando o oeste do Brasil com a costa do Pacífico, informa a assessoria.

O Brasil não tem ligação com o Oceano Pacífico e, por isso, todo o escoamento da sua produção agropecuária sai pelos rios, rodovias e ferrovias ligados a portos do Atlântico,

A Esalq/USP e a Fundação Getúlio Vargas finalizaram, há poucos meses, a pedido da BM&F, um aprofundado estudo que traça detalhes dessas possibilidades. As obras, em dez anos, custariam US$ 10 bilhões, que, de acordo com o trabalho, seriam “pagos” pelo crescimento do PIB da região. O estudo baseou-se em 12 alternativas possíveis traçadas pelo Ministério dos Transportes, que deixariam alguns portos asiáticos até 7.500 quilômetros mais perto.

A quantidade de empresas brasileiras que vendem para a China e o valor destas exportações cresceram 11 vezes mais rápido desde 1999 que o total do comércio exterior brasileiro. Na mão inversa, as compras nacionais feitas no mercado chinês avançaram 150%. Apesar da performance bilateral, o Brasil deve se apressar e negociar acordos com os chineses que protejam suas exportações contra eventuais medidas protecionistas do parceiro no futuro.



Em 2003, os chineses compraram do Estado entre soja, madeira, couro e outros produtos da cadeia do agronegócio, US$ 282 milhões. Já os japoneses compraram US$ 111 milhões dos mato-grossenses. No mesmo período, a China vendeu ao Estado US$ 123 mil. O Japão, US$ 325 mil. Nos primeiros quatro meses de 2004, Mato Grosso exportou para China 2,3 milhões de toneladas de soja.

Para Mato Grosso, a China é um importante parceiro comercial com boas perspectivas de ampliar negociações e formar parcerias. A China é o segundo maior mercado para exportação de produtos mato-grossenses, respondendo nos três primeiros meses desse ano por 13,15% da pauta de exportação brasileira, porcentagem que representa US$ 82,3 milhões. De 1999 a 2003 o país aumentou 432,74% a importação de produtos mato-grossenses.




Fonte: Secom - MT

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