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Segunda - 24 de Maio de 2004 às 19:17
Por: Justina Fiori

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A empresária rural Mônica Marchett deve depor, nesta quarta-feira, no Fórum de Rondonópolis, no processo que apura a morte dos irmãos Brandão Araújo Filho e José Carlos Machado de Araújo, assassinados entre agosto de 1999 e dezembro de 2000. A empresária, juntamente com o seu pai, Sérgio Marchett, são apontados como mandantes do crime.

Mônica chegou a ser presa no final de março, mas conseguiu um hábeas corpus. Ela seria ouvida em interrogatório no dia 30 de março, mas seus advogados apresentaram um atestado médico para justificar a sua ausência. Desde então, a empresária tem passado a maioria de seus dias na Bolívia, onde seu pai é dono de algumas fazendas de soja.

O inquérito policial que apurou as mortes de Brandão e José Carlos chegou até Mônica Marchett porque a assinatura da empresária está no documento de um veículo Gol que teria sido dado como “pagamento” ao ex-soldado Célio Alves para a execução de José Carlos. Além disso, o ex-cabo Hércules Agostinho, que assumiu ter executado os dois irmãos em Rondonópolis em companhia de Célio Alves, levou os policiais até a sede do grupo Mônica quando participou da reconstituição dos crimes.

Em entrevista a um jornal de Cuiabá, neste final de semana, o ex-cabo Hércules disse nunca ter citado o nome dos Marchett como mandantes dos crimes, mas o delegado que conduziu o inquérito, Jalles Baptista Silva, confirma o envolvimento dos dois empresários apontando outras provas que levaram a Mônica e Sérgio. “O ex-cabo falou que os mandantes eram proprietários da Sementes Mônica. Realmente, ele não citou nomes, mas o fato de citar os proprietários da Sementes Mônica já indicava que os dois eram os mandantes dos crimes”, disse ele.

Jalles cita interceptações de conversas telefônicas e o documento do Gol branco assinado por Mônica Marchett como outras provas que incriminam os empresários. “Além disso, Hércules nos levou até a sede da empresa quando da reconstituição dos crimes”, lembrou.

Depois de Mônica, os próximos a serem ouvidos no processo são o próprio ex-cabo Hércules, o capitão PM Marcos Divino (apontado como intermediador) e o ex-soldado Célio Alves (cúmplice de Hércules). Os interrogatórios estão marcados para o dia 15 de junho, às 13h30, em Cuiabá.





Fonte: Primeira Hora

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