Os nove vetos na medida provisória do Código Florestal sancionados pela presidente Dilma Rousseff, nesta quarta-feira (17), não foram suficientes para atender as expectativas dos ambientalistas. “Houve avanços significativos mas não suficientes”, diz o coordenador do Programa Governança Florestal do Instituto Centro de Vida (ICV), João Andrade. Segundo ele, o texto base do Código foi discutido em meio político e não científico. “As academias não tiveram chance de se pronunciar”, reclama.
Para ele, seria necessário que o processo de regularização ambiental estivesse inteiramente ligado à concessão de crédito público e privado. Desta forma, Andrade acredita que os produtores teriam mais empenho em seguir o regimento. Ele ainda cobra do governo federal mais condições para que seja de competência dos estados a implementação do Cadastro Ambiental Rural (CAR).
“Nos deixa ainda em alerta de como será feita a regulamentação do CAR e Plano de Recuperação Ambiental (PRA)”. Para o coordenador do ICV, a preocupação é no prazo para adesão ao Cadastro. “Se Mato Grosso, que já tem um sistema que precisa somente ser integrado ao Código, metade dos produtores ainda não aderiram ao Cadastro, imagina como vai ser isso nos outros estados”.
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