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Ata do Copom não faz referência a debate sobre meta de inflação
Brasília - Ao contrário do que esperava o mercado, a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) divulgada na manhã de hoje não trouxe nenhuma referência ao debate sobre a política de metas de inflação.
Na ata da reunião de março, o Copom havia ressaltado o fato de que "a teoria econômica e as melhores práticas de condução de política monetária recomendam a acomodação parcial de aumentos de inflação ao consumidor provocados por choques de oferta". Isto seria feito, de acordo com o texto daquela ata, por meio das metas ajustadas de inflação.
Apesar disso, a ata da reunião de março destacava que as circunstâncias ainda não recomendavam a adoção de tal procedimento. A expectativa do mercado em relação ao texto divulgado hoje pode ser explicada por uma avaliação feita por alguns analistas de que o centro da meta de 5,5% já estaria comprometido. Perspectiva esta não corroborada pela ata, que trabalha com a possibilidade de a inflação neste e no próximo ano ficar abaixo das metas de 5,5% e 4,5%.
Manutenção da trajetória
Apesar da queda de 1,8% na produção industrial de fevereiro, o Comitê de Política Monetária (Copom) continua apostando que a atividade econômica no País continua sua "tendência de expansão". Essa queda no ritmo de atividade, segundo os diretores do BC, já era esperada. "Esse arrefecimento, antecipado nas notas da reunião de março do Copom, é plenamente consistente com a dinâmica usual de retomada cíclica do nível de atividade, estando associado à própria intensidade da recuperação verificada no segundo semestre de 2003", justificam os diretores do BC, que afirmam que o ritmo de retomada da economia ao longo do semestre passado ocorreu de forma "rápida e intensa".
Para o Copom, vários indicadores "coincidentes e antecedentes" corroboram a avaliação de que a tendência é de manutenção da trajetória de expansão da atividade econômica. Entre esses indicadores, o Copom destaca o ritmo de produção de papelão ondulado e da indústria automobilística.
Outro elemento defendido pelo Copom é o crescimento do rendimento médio do trabalhador brasileiro. Para sustentar essa visão, os diretores do BC citam dados do IBGE e da CNI, que indicam aumento do rendimento dos trabalhadores das seis maiores regiões metropolitanas do País e da massa salarial da indústria de transformação, respectivamente. "Os indicadores de consumo também tendem a ser positivos, embora com menor intensidade", ponderam os diretores do BC.
Nesse caso, o Copom cita como exemplo o crescimento de 2,1% do volume de vendas no varejo no País, observado em janeiro, bem como a alta de 2%, verificada em fevereiro, no faturamento real do comércio da região metropolitana de São Paulo. "O crédito, por sua vez, também continua em trajetória de expansão. Embora o Índice de Intenções do Consumidor (IIC) tenha apresentado quedas em março e abril, essas quedas não tiveram contrapartida aparente nas estatísticas de vendas do varejo", completam os diretores do BC.
Na ata da reunião de março, o Copom havia ressaltado o fato de que "a teoria econômica e as melhores práticas de condução de política monetária recomendam a acomodação parcial de aumentos de inflação ao consumidor provocados por choques de oferta". Isto seria feito, de acordo com o texto daquela ata, por meio das metas ajustadas de inflação.
Apesar disso, a ata da reunião de março destacava que as circunstâncias ainda não recomendavam a adoção de tal procedimento. A expectativa do mercado em relação ao texto divulgado hoje pode ser explicada por uma avaliação feita por alguns analistas de que o centro da meta de 5,5% já estaria comprometido. Perspectiva esta não corroborada pela ata, que trabalha com a possibilidade de a inflação neste e no próximo ano ficar abaixo das metas de 5,5% e 4,5%.
Manutenção da trajetória
Apesar da queda de 1,8% na produção industrial de fevereiro, o Comitê de Política Monetária (Copom) continua apostando que a atividade econômica no País continua sua "tendência de expansão". Essa queda no ritmo de atividade, segundo os diretores do BC, já era esperada. "Esse arrefecimento, antecipado nas notas da reunião de março do Copom, é plenamente consistente com a dinâmica usual de retomada cíclica do nível de atividade, estando associado à própria intensidade da recuperação verificada no segundo semestre de 2003", justificam os diretores do BC, que afirmam que o ritmo de retomada da economia ao longo do semestre passado ocorreu de forma "rápida e intensa".
Para o Copom, vários indicadores "coincidentes e antecedentes" corroboram a avaliação de que a tendência é de manutenção da trajetória de expansão da atividade econômica. Entre esses indicadores, o Copom destaca o ritmo de produção de papelão ondulado e da indústria automobilística.
Outro elemento defendido pelo Copom é o crescimento do rendimento médio do trabalhador brasileiro. Para sustentar essa visão, os diretores do BC citam dados do IBGE e da CNI, que indicam aumento do rendimento dos trabalhadores das seis maiores regiões metropolitanas do País e da massa salarial da indústria de transformação, respectivamente. "Os indicadores de consumo também tendem a ser positivos, embora com menor intensidade", ponderam os diretores do BC.
Nesse caso, o Copom cita como exemplo o crescimento de 2,1% do volume de vendas no varejo no País, observado em janeiro, bem como a alta de 2%, verificada em fevereiro, no faturamento real do comércio da região metropolitana de São Paulo. "O crédito, por sua vez, também continua em trajetória de expansão. Embora o Índice de Intenções do Consumidor (IIC) tenha apresentado quedas em março e abril, essas quedas não tiveram contrapartida aparente nas estatísticas de vendas do varejo", completam os diretores do BC.
Fonte:
Estadão.com
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/385229/visualizar/
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