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Quarta - 17 de Outubro de 2012 às 12:05
Por: Giselle Saldanha

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Silvonei Lopes de Paula, marido da presidente do Movimento Negro de Rondonópolis, Elaine Aparecida, que morreu no último final de semana, 13 dias após passar por uma cirurgia de redução do estômago, diz acreditar que houve sim irresponsabilidade médica no atendimento da esposa. Segundo ele, a médica que a atendeu em Rondonópolis teria injetado morfina – medicamento muito forte usado em último caso para conter fortes dores.

A cirurgia de Elaine foi realizada no Hospital São Matheus, em Cuiabá. Dias depois, já em casa, em Rondonópolis, Elaine teria sentido fortes cólicas e procurado a Santa Casa de Misericórdia da cidade. Silvonei contou que nesse dia que iniciaram as dores ela teria sido atendida por uma doutora que a medicou e dispensou.

No outro dia, Elaine voltou a ter fortes cólicas e retornou à casa de saúde. Chegando lá, foi atendida por outro médico que realizou vários exames. Com o resultado dos exames em mãos, o cirurgião teria aconselhado que Elaine fosse com urgência a Cuiabá. “Quando eu fui pegar o resultado dos exames, a Elaine ficou em casa, no meu retorno, ela estava sentindo muita dor e eu não podia seguir viagem com ela daquela forma”, contou Silvonei, marido da militante.

Sem condições de viajar de carro, Elaine e o marido retornaram à Santa Casa para solicitar uma ambulância. “Quando chegamos lá, fomos atendidos pela mesma médica da primeira vez. E, novamente, ela medicou Elaine. A enfermeira me disse que ela havia aplicado morfina na minha mulher e me aconselhou que eu não deixasse, pois o medicamento é forte e perigoso", explica.

"Na verdade eu não fui comunicado e nem vi. Então eu liguei para o médico da Elaine em Cuiabá, ele pediu para falar com a médica daqui e questionou por que ainda não tínhamos ido. Deu 03h para que a gente pudesse chegar até lá e disse que se acontecesse algo a responsabilidade seria do hospital daqui”, relatou.

Depois disso, seguiram viagem de ambulância. Chegando em Cuiabá, não se pôde fazer muita coisa. Elaine já estava tomada pela infecção e com a pressão muito baixa. Faleceu as 13h20 da sexta-feira. A causa da morte apontada na certidão de óbito foi infecção e obesidade mórbida.

Silvonei se reunirá amanhã com o advogado do Movimento Negro de Rondonópolis para estudar a situação e pedir apuração para constatar se houve negligência no caso. “Se não fosse pela demora em encaminhar a Elaine, ela inda poderia estar aqui”, finalizou, emocionado.






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