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Agronegócios
Segunda - 19 de Abril de 2004 às 18:01
Por: Márcio Mendes

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Durante a X Festa do Pantanal realizada na Capital do Estado, o Presidente do Sindicato Rural de Diamantino, Valdir Corrêa da Silva, aproveitou para anunciar que vários produtores do município, estão se unindo, visando ingressar na justiça contra as empresas Bayer e Syngenta, alegando que os produtos dessas empresas não foram eficientes na lavoura de soja causando prejuízos aos produtores na hora da colheita. As ações serão coletivas e coordenadas pelo Sindicato Rural de Diamantino, onde produtores pretendem obter indenização pela perda na produtividade da soja e em muitos casos a perca total da lavoura.

As lavouras que foram pulverizadas com os fungicidas Stratego (Bayer) e Prioriscore (Syngenta) acabaram registrando queda na lavoura de até 50%, ocasionando na região produtora de soja um prejuízo estimado em cerca de 30%, algo em torno de 2.5 milhões de sacas de soja.

O Presidente do Sindicato Rural de Diamantino, Valdir Corrêa, alega que esse prejuízo seria justamente a parte utilizada para capitalização do produtor rural, sendo que 70% da lavoura já estavam comprometidas com as vendas antecipadas e contratos firmados em até U$$ 9. Os 30% estimado, ocasionado pela falta de eficiência dos produtos da Bayer e da Syngenta, fazem com que o produtor não tenha o produto, para beneficiar o grão, com base na alta da bolsa de Chicago, com a saca chegando a ser comercializada à U$$ 15.

A alegação da quebra dos produtores rurais de Diamantino é de que onde se colhia 55 sacas por hectare nesta safra foram colhidos de 18 a 30 sacas. Sendo que outros produtos da mesma empresa Bayer, como o produto Folicur e o produto Opera (Basf) apresentaram eficácia de 100% na lavoura onde foram utilizados.

Os produtores rurais de Diamantino e Campo Novo dos Parecis requisitaram ajuda da Famato - Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso, onde afirma que o setor produtivo se preveniu contra a ferrugem asiática da soja, com as orientações técnicas adequadas repassadas pôr institutos de pesquisas, usando tecnologia de ponta, aplicação na hora certa com a quantidade recomendada pela assistência técnica, e mesmo com varias condições climáticas adversas com a grande quantidade de chuvas nos últimos meses a ineficiência do produto foi a grande causa da perda na produtividade.

No próximo dia 19 de abril a classe dos sojicultores estarão se reunindo com representantes da Bayer, onde tentará de forma amigável resolver o impasse sem descartar propositura de ações para reparação de danos, contra a empresa.




Fonte: ReporterNews/Diamantino

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