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Meio Ambiente
Domingo - 18 de Abril de 2004 às 08:48

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Fazendo valer a sua condição de curador do Meio Ambiente, o Ministério Público de Tangará da Serra levantou a discussão em torno da recuperação da micro bacia do córrego Queima-pé, cujas águas abastecem a cidade. Além do Queima-pé, também fazem parte do plano de recuperação os córregos Figueira, Cristalino e Tapera.

Degradado ao longo dos tempos, tanto o Queima-pé quanto os seus afluentes hoje sofrem sérios riscos de num futuro próximo tornarem-se córregos intermitentes. O Queima-pé, dizem aqueles que o conhecem há mais tempo, hoje tem um fluxo de água inferior a um terço daquilo que tinha num passado não muito distante. E tudo isto devido aos cuidados que deveria contar e que, infelizmente, não teve.

Nessa reunião realizada hoje à tarde, no auditório do Ministério Público, ficou definido que, antes da criação do Comitê de Gestão da Micro Bacia do Queima-pé, será realizada uma reunião de sensibilização dos produtores localizados em sua área de abrangência. Esta reunião já está agendada para o próximo dia 28, às 14:00 horas, ficando a cargo da EMPAER a mobilização. Depois disso, possivelmente no dia 06 de maio, aí sim será criado o Comitê de Gestão da Micro Bacia do Queima-pé, órgão colegiado com atribuição consultiva, com poderes para deliberar, elaborar e gerenciar o projeto de recuperação da referida bacia hidrográfica.

Entre os diversos parceiros da empreitada encampada pelo Ministério Público, na pessoa da promotora Maria Fernanda Correia da Costa, que envolve a FEMA, EMPAER, INDEA, Secretaria Municipal de Educação, Secretaria Municipal de Infra-Estrutura, Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente, SAMAE, e outros órgãos públicos e empresas particulares, está a Usina Itamarati, que foi a primeira empresa do Estado a implantar um plano de gestão ambiental. O engenheiro Carlos Pedro Alves dos Santos, coordenador do SIGA/ITAMARATI, ao apresentar a proposta de manejo da bacia do Queima-pé, destacou a importância da proposta. “Estamos fazendo isto para o nosso bem. Não há interesse nenhum senão em preservar este importante córrego, que além de abastecer a cidade, é afluente do Sepotuba, um dos principais rios do Pantanal”.

A promotora Maria Fernanda Correia da Costa fez questão de lembrar que daqui algum tempo, alguém irá lembrar a data em que tudo começou. “2004 será lembrado na história, pois foi neste ano que tudo começou”, disse.

Como proposta, abrangendo uma área de 6.110,11 hectares, com um perímetro de 38 quilômetros, a intenção é promover ações que resultem na preservação da micro bacia do Queima-pé, através de levantamento das áreas de preservação permanente, com reposição de mata ciliar em área degradada, construção de curvas de nível, redes de drenagem, estradas municipais e outras ações. E tudo isso será gerenciado pelo Comitê de Gestão que será criado nos próximos dias.




Fonte: Diario da Serra Online

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