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Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Quinta - 15 de Abril de 2004 às 17:49
Por: Suzi Bonfim

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Numa demonstração do prestígio que a agricultura familiar tem no Poder Executivo, o governador do Estado, Blairo Maggi, conversou na tarde desta quinta-feira (15/04), na Agrishow 2004, em Rondonópolis, com cerca de 200 agricultores familiares que participaram de um dos maiores eventos do agronegócio nacional. Blairo Maggi falou do projeto modelo desenvolvido pelo Governo que já é referência para o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) no processo de reforma agrária; o "Projeto Vida Nova", que está sendo implantado pela Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Empaer) vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (Seder).

A proposta de produção de subsistência, num primeiro momento, para em seguida atingir uma atividade econômica e a auto-gestão da propriedade é apontada como forma mais adequada para a verticalização da agricultura familiar no país. "Temos pouco dinheiro, por isso os projetos não podem ser mirabolantes. O programa com início, meio e fim terá o apoio necessário do governo", enfatizou o governador alertando os produtores que este processo terá que ser realizado de forma organizada. "É em cooperativas que o agricultor faz o laticínio, a ponte ou a produção de abacaxi, de maneira que sirva para todo mundo".

SEM ENROLAÇÃO- Blairo Maggi, disse que os cerca de 200 mil agricultores familiares de Mato Grosso têm dinheiro, mas não têm acesso à crédito e na Agrishow o secretário de Desenvolvimento Rural, Homero Pereira, conseguiu mostrar à indústria de máquinas e implementos agrícolas que eles precisam produzir equipamentos adaptados ao pequeno produtor. O governador deu um recado explícito ao setor. "Neste mandato a agricultura familiar tem total o apoio da máquina estatal, mas não podemos resolver tudo. Precisamos encaminhar e discutir propostas e o que for possível fazer, nós faremos. O que não for, vamos dizer que não dá sem ficar enrolando ninguém, de forma muita clara", garantiu o governador do Estado.

"O governo está de portas abertas. A secretaria de Desenvolvimento Rural é do pequeno produtor rural. O grande não precisa, só quer que o governo não atrapalhe. Por isso, temos que ser obstinados nesse processo", destacou Maggi. O governador desejou boas-vindas aos agricultores e lembrou que na Agrishow eles poderão ver o que no dia a dia ainda está longe da realidade em que vivem, mas um dia também poderão ter acesso á tecnologia utilizada pela agricultura de grande porte "Sou um exemplo vivo disso. Quando meu pai casou com a minha mãe ele era um tratador de porco e não tinha casa para morar numa fazendinha no Rio Grande do Sul. Foi para o Paraná, virou gerente de uma madeireira, comprou terras, se tornou um pequeno produtor e hoje a minha família é o que é graças ao cultivo da terra. Mas nada foi conquistado de graça e sim com muito trabalho", ressaltou.

VIDA NOVA - O Governador e os secretários de Estado de Desenvolvimento Rural, Emprego, Trabalho e Cidadania, Planejamento, respectivamente, Homero Pereira, Terezinha Maggi, Yenes Magalhães, o senador Jonas Pinheiro e diretores e técnicos da Empaer acompanharam o grupo de agricultores familiares na visita à propriedade de 1,26 hectares construída na Agrishow dentro dos padrões propostos pelo projeto Vida Nova. "O Vida Nova foi criado pelo governo para fazer com que o produtor tenha o que comer o ano inteiro, sem grandes traumas", resumiu Maggi.

Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Nova Mutum, Augusto Dallariva, o governo Maggi está no caminho certo em relação à agricultura familiar. "O caminho é este. É através da associação, das cooperativas que o produtor vai conseguir atingir o seu obejtivo", constatou. Para ele, visitar Agrishow Cerrado é importante porque assim o agricultor que fica sabendo o está sendo feito pelo governo para transmitir para aos companheiros na comunidade em que vive.

Blairo Maggi falou também do trabalho de recuperação da Empaer e assegurou que está bem próximo de liquidar as últimas dívidas da empresa e aí então, viabilizar o concurso público na empresa e concluir assim o processo de recuperação do setor.




Fonte: Redação/Secom - MT

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