Nigeriano é condenado a morrer apedrejado por estuprar menina de 12 anos

Um tribunal da Lei Islâmica (Sharia) da Nigéria condenou um homem a morrer apedrejado por estuprar repetidamente uma menina de 12 anos que foi contaminada por ele com o vírus da aids, informou nesta quinta-feira o jornal local "Leadership". O acusado, Ubale Arabia Dutsa, de 63 anos, se declarou culpado de ter estuprado até sete vezes a menor na população de Gezawa, no estado nortista de Kano. O tribunal argumentou ter confiança na "Sharia", lei guiada pelo Corão, para setenciar o acusado "em consequência". No entanto, o acusado conta com um prazo de um mês para apelar da sentença. Na Nigéria, as Cortes Islâmicas são reconhecidas pela Constituição nacional e operam junto à justiça ordinária no norte do país, de maioria muçulmana. Em várias ocasiões, as Cortes Islâmicas nigerianas condenaram à morte por apedrejamento em casos de adultério ou estupros, mas nenhuma das sentenças foi cumprida nos últimos anos. No entanto, é habitual que estes tribunais condenem os culpados de roubo para que tenham as extremidades amputadas e que a pena seja cumprida.