Prazo para negociação entre Argentina e 'fundos abutres' termina sem acordo Ministro da Economia do país vizinho afirma que fundos queriam uma “negociação injusta”
O ministro da Economia argentino Axel Kicillof disse, nesta quarta-feira (30), que não houve acordo entre o país e os fundos abutres para o pagamento da dívida da Argentina. O prazo para o calote do país vizinho termina hoje. Segundo Kicillof, o que os fundos abutres queriam era uma “negociação injusta”.
— Nós seguimos o contrato. Já pagamos e vamos continuar a pagar o que foi assinado em contrato. Para o futuro, continuaremos cumprindo os contratos de 100% dos nossos credores. Desde que não nos obriguem a fazer algo injusto, sem pôr em risco a economia argentina.
Sobre o rebaixamento da nota da Argentina feita pela agência de risco Standard & Poor's nesta quarta, o ministro questionou a credibilidade das agências de risco.
— Quem acredita nas agências de risco?
Os chamados "fundos abutres" — fundos especulativos que compraram títulos de credores que não aceitaram a reestruturação da dívida feita por Buenos Aires entre 2005 e 2010 — ganharam um litígio em um tribunal de Nova York que obriga o país a pagar R$ 2,9 bilhões (US$ 1,3 bilhão) a um deles até o fim do dia, para então continuar cumprindo com os demais credores.
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