Sinop
Dorner se diz adversário histórico de Leitão e não vai interferir na eleição
O empresário Roberto Dorner (PSD), afirmou que não deve interferir no processo eleitoral deste ano, em Sinop. Ele explica que seu partido deve apoiar a pré-candidatura do PSDB, mas que historicamente é aliado ao grupo do PMDB. Diante disso, e para não se indispor com o governador Pedro Taques (PSDB), deve manter-se neutro.
Para o empresário, seu recuo de uma eventual pré-candidatura a prefeito e a saída dos vereadores Carlão Coca-Cola e Negão do Semáforo, que migraram para o PTB, fizeram com que o PSD perdesse força no município. “O PSD em Sinop enfraqueceu muito, porque eu me afastei da política e os vereadores do nosso partido mudaram de sigla e o partido aqui ficou fraco, mas aqui como nosso vice-governador é do PSD é natural que esteja com o governador”, afirmou Dorner, durante entrevista ao .
Apesar do partido já ter grupo definido, Dorner disse que não deve subir no palanque dos tucanos, já que historicamente é aliado do atual prefeito de Sinop, Juarez Costa (PMDB), principal adversário do PSDB, no município. “O governador estará apoiando o candidato do Nilson Leitão do PSDB, mas eu não quero declarar apoio a ninguém, porque a gente tem uma vida aqui em Sinop. Nós fomos sempre adversários do Nilson e agora acho que é melhor ficar quieto”, completa.
Segundo Dorner, a escolha do próximo prefeito de Sinop deve ficar a cargo da população. Ele ainda avalia a gestão de Juarez como uma das melhores. “Ele fez um grande trabalho por Sinop e a gente tem que reconhecer isso. Se ele tiver problemas no futuro aí é ele com a Justiça não somos nós que devemos julgar”.
Adversários políticos
Em Sinop, PMDB e PSDB são adversários políticos. Para outubro, os peemedebistas têm como pré-candidata a vice-prefeita Rosana Martinelli (PR), com apoio irrestrito de Juarez Costa e os tucanos confirmaram o vereador Fernando Assunção (PSDB) como cabeça de chapa.
Mesmo negando, outro fator que pode ter influenciado na decisão de Dorner é que, recentemente, o empresário criticou a atividade de Assunção como parlamentar, por causa da CPI dos Aluguéis.
Assunção era membro da CPI e, junto com o vereador Wollgran de Lima (DEM), solicitou que fosse realizada a oitiva do empresário. Dorner é proprietário de um dos 59 imóveis locados pela Prefeitura, que foram investigados.
No dia da oitiva, os dois vereadores não participaram da CPI. “Não influencia, mas sou homem de falar a verdade e eles escutaram a verdade que deveriam escutar. Isso é outra história e acho que erraram em algumas coisas. Deveriam ter dado nomes aos bois. Meu grupo é o do Juarez, mudar é ruim e eu posso até atrapalhar o Assunção. Vou me manter neutro”, finalizou Dorner.
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