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Educação/Vestibular
Quarta - 31 de Março de 2021 às 09:46
Por: Adilson Rosa | Seduc-MT

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Aluno da EEE Luz do Saber trabalha com seu material personalizado - Foto por: Divulgação

Aluno da EEE Luz do Saber trabalha com seu material personalizado

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As cinco escolas estaduais especializadas que atendem alunos com deficiências e transtornos, em Cuiabá e Várzea Grande, se reinventaram para manter o atendimento durante a pandemia.

As equipes gestoras e professores superam as barreiras com a produção de apostilas com material concreto personalizado. São atividades práticas, como cubo ou círculos, quebra-cabeça, entre outros, dependendo do grau de dificuldade de cada estudante.

Os materiais são embalados e entregues aos pais. A comunicação entre equipe gestora e pais é por aplicativo de mensagens. As escolas criaram grupos de WhatsApp com comunicação direta para tirar as dúvidas.

"Para que a inclusão e a aprendizagem ocorram, há a necessidade de um planejamento individualizado de acordo com as características de cada aluno. E é dessa forma que as escolas especializadas produzem seu material apostilado”, destaca a superintendente de Diversidades Educacionais da Seduc, Lúcia Aparecida Santos.

Os materiais diferenciados motivam os alunos.
Créditos: Divulgação

A Escola Estadual Especializada Luz do Saber, no bairro Ponte Nova, em Várzea Grande, preparou apostilas por bimestre. No conteúdo, datas comemorativas e diversas atividades.

“Nossos professores confeccionaram a apostila com material concreto para os meses de fevereiro e março. Aproveitamos a entrega do kit de alimentação escolar de casa em casa para poder deixar com os pais”, destaca a diretora Jane Cristina Ignotti Zacariotti.

Os professores já preparam o material de abril e maio.

As avaliações ocorrem de forma online com os pais nos grupos de WhatsApp. Eles enviam vídeos ou fotos dos exercícios realizados. As imagens e vídeos mostram a satisfação dos conteúdos completados.

Para a equipe gestora, os novos alunos surpreenderam nesse início de ano letivo. Os pais elogiaram a qualidade do material entregue. Muitos estudavam em escolas particulares e não tinham todo o cuidado que têm em uma escola especializada.

Atendimento individual

Na EEE Raio de Sol, no bairro Grande Terceiro, em Cuiabá, os professores utilizam material concreto mesmo nas aulas presenciais (no momento suspensas devido à pandemia). O material é desenvolvido a partir de avaliação pedagógica, para atender necessidades específicas de cada aluno. Para isso, a unidade escolar realizou várias oficinas de produção de material adaptado quando as aulas eram presenciais.

“É importante o professor saber as barreiras que precisam ser superadas por cada estudante, quais suas necessidades, o professor precisa conhecer seu estudante para poder desenvolver e elaborar os materiais necessários para cada um”, destaca a coordenadora pedagógica, Valdite Heinsen.

A EEE Célia Rodrigues Duque, conhecida como CHP, no centro de Várzea Grande, aposta no material lúdico. Além das apostilas para os alunos de alfabetização, destacam-se os jogos como instrumento de aprendizagem e criatividade no processo de ensino-aprendizagem.

“A ludicidade é fundamental no desenvolvimento integral e dinâmico nas áreas cognitiva, afetiva, linguística, social, moral e motora, além de contribuir para construção da autonomia, criticidade e criatividade. Enfim, é o centro dos nossos trabalhos”, explica o gestor Admilson Mário de Assunção.

As apostilas e os jogos são entregues por agendamento na Unidade Escolar. Se há dificuldades de locomoção, a entrega é feita em domicílio.

As professora do CHP preparam as apostilas
Créditos: Divulgação

Na EEE Livre Aprender, no bairro Areão, em Cuiabá, a adaptação dos materiais foi considerado item obrigatório nas apostilas impressas.

Materiais adaptados e viodeaulas

A coordenadora pedagógica, Márcia Molinari da Cunha, explica que nem todos os alunos têm condições de desenvolver atividades das apostilas, que são para as turmas de alfabetização. Daí a necessidade do material concreto que é distribuído mensalmente e as apostilas são quinzenais.

“Não podemos comparar as aulas remotas com as aulas presenciais, mas no momento atual em que estamos vivendo os materiais adaptados e as videoaulas são ferramentas essenciais”, assegura.

O trabalho de preparação das apostilas na EEE Livre Aprender é intenso.
Créditos: Divulgação

O Centro Estadual de Atendimento e Apoio ao Deficiente Auditivo (CEAADA) Arlete Miguelete, no centro de Cuiabá, também trabalha com material concreto com seus alunos. São apostilas conforme o grau de dificuldade de cada estudante.





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