Pequenos produtores receberão 30 mil mudas de café clonal em Tangará da Serra (MT) As mudas de café clonal foram trazidas de Rondônia (RO) e está sendo plantado em um viveiro com acompanhamento dos engenheiros agrônomos da Empaer.
Com objetivo de estimular a produção de café em Tangará da Serra (MT), a secretaria municipal de Agricultura, em parceria com a Empaer (Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural), vai distribuir aproximadamente 30 mil mudas para pequenos produtores da região.
As mudas de café clonal foram trazidas de Rondônia (RO) e está sendo plantado em um viveiro com acompanhamento dos engenheiros agrônomos da Empaer.
O café clonal tem se tornado opção por se adaptar bem ao ambiente e dar resultados melhores aos pequenos agricultores.
O cultivo dessa variedade do grão de café tem aumentado cada vez mais na região oeste de Mato Grosso
De acordo com o engenheiro agrônomo da Empaer, Wellington Procópio, as mudas de café clonal ficam aptas para o plantio quando estão com dois a quatro pares de folhas.
"Com um bom preparo de solo e bom manejo, conseguimos em torno de 90 a 120 dias. Como é clone, pegamos o material genético de uma planta já adulta", explica.
O processo de cruzamento dessa variedade de café é feita com plantas dos grupos Robusta e Canéfora. No processo de manejo feito no viveiro, os produtores conseguirão padronizar a lavoura.
Procópio afirma que, com os grãos doados pelo Empaer, produtores conseguem colher em torno de 200 sacas por hectares.
Entrega aos pequenos produtores
Depois do tempo necessário nos viveiros, as mudas são levadas para as propriedades rurais das famílias interessadas no cultivo de café. No caso de Orisvaldo Carmargo, que tem um sítio com 4 hectares em Tangará da Serra, as primeiras mil mudas foram plantadas há sete meses.
"Esse ano já fiz uma colheita, março e abril plantei mais mil pés. Foi a primeira colheita, então foi pouco, mas mesmo assim colhi 13 sacas de café. Espero que na próxima já venha uma colheita melhor", conta.
Na propriedade, Orisvaldo também planta mandioca, medida aconselhada pelo engenheiro agrônomo da Empaer, Leonardo Ehle Dias.
Ele explicou que, como o café demora quase dois anos para gerar renda, a recomendação é que as famílias cultivem outras culturas em consórcio ao café.
"Ele está aproveitando a área, a mão de obra e principalmente a irrigação para ter dois produtos sendo produzidos na mesma área", avalia.
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