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Meio Ambiente
Quinta - 25 de Novembro de 2021 às 06:35
Por: Por Thiago Andrade, G1 MT

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O Observatório Socioambiental de Mato Grosso divulgou nota manifestando preocupação com os dados de desmatamento no estado. Os números foram divulgados pelo Projeto Prodes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), porque, na avaliação da entidade, o aumento apontado no relatório pode colocar em risco o financiamento de políticas de desmatamento do estado, com recursos internacionais.

O governo de Mato Grosso informou que os dados sobre alertas de desmatamento divulgados são preliminares e que o dado final consolidado, que será divulgado no ano que vem, traga números diferentes. Disse ainda, que está levantando os dados relativos ao monitoramento estadual para concluir, junto ao Inpe, o que pode ter ocasionado essa diferença de informação. Informou que a divergência não é compatível com os levantamentos diários que o governo realiza.

Outro problema apontado é com relação às negociações feitas na Conferência do Clima que levavam em conta os dados divulgados pelo Deter, que mostravam Mato Grosso como sendo um estado que reduziu o desmatamento.

O Observatório destacou que houve divulgação atrasada dos dados, mesmo que os dados do Prodes já estivessem à disposição antes da COP 26.

Os dados do Prodes mostram mais de 13 mil km² de área destruída na Amazônia é a maior dos últimos 15 anos e representa um salto de 22% em relação ao levantamento divulgado em 2020. Em Mato Grosso, foram 2.263 km² de florestas derrubadas.

Aumento do desmatamento na Amazônia pode afetar financiamento internacional em MT, diz Observatório — Foto: Marcos Vergueiro/Secom-MT

Aumento do desmatamento na Amazônia pode afetar financiamento internacional em MT, diz Observatório — Foto: Marcos Vergueiro/Secom-MT

O número equivale a 17,1% do desmatamento total detectado no bioma Amazônico. Com isso, o estado apresentou um aumento de 27,2% em relação a 2020 e o pior resultado desde 2008.

Segundo o Observatório, o dado de aumento do desmatamento, o gatilho do Programa REM de 1.780 km² foi ultrapassado. O que coloca em risco aporte de recursos para financiar programas bilaterais.

O Observatório destaca na nota que é preciso respeitar o código florestal, implantar o programa de rastreabilidade e preservar as áreas protegidas.





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