Leite e manteiga causaram o aumento do preço da cesta básica em Cuiabá, diz pesquisa Segundo a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Mato Grosso, houve uma alta de 70% no valor do leite e 113% da manteiga.
O leite e a manteiga foram os principais produtos causadores do aumento do preço da cesta básica em Cuiabá, em quatro meses. Segundo o Instituto de Pesquisa e Análise (IPF) da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Mato Grosso (Fecomércio), houve uma alta de 70% no valor do leite e 113% da manteiga.
Conforme o levantamento, em março deste ano, os consumidores encontravam nos mercados da capital o leite custando em média R$ 5,30 e a manteiga R$ 4,93.
Nas primeiras semanas de julho, os mesmos produtos passaram a custar R$ 9,02 e R$ 10,51, respectivamente.
Segundo o instituto de pesquisa, o aumento desses produtos foram os principais fatores que elevaram o preço da cesta básica na capital.
Manteiga foi o produto que mais teve aumento, de 113%, segundo o estudo — Foto: Globo Repórter
Na terceira semana de julho, a cesta básica é encontrada por R$ 710,43. Na semana anterior, os consumidores encontraram os produtos totalizando R$ 704,13.
Já no início do mês, a cesta custava, em média, R$ 698,43, ou seja, houve um aumento de 2% no valor.
Segundo a Fecomércio, a justificativa para o aumento do leite pode estar relacionada ao valor de produção elevado, que leva em consideração o custo do dólar, e ao clima instável, que acaba afetando a qualidade do pasto, o que vem sendo observado desde o mês de março.
Há ainda o alto custo dos insumos, o que fez com que vários produtores deixassem a atividade.
Variação dos preços nesta semana
Mesmo com um aumento dos preços, óleo de soja teve uma redução de 4% no valor — Foto: Reprodução/TV Diário
Segundo o estudo, oito dos 13 produtos que compõem a cesta básica apresentaram alta.
Em contrapartida, o óleo de soja teve uma queda de 4%, o que pode ter sido influenciado pela diminuição nos preços dos mercados internacionais, assim como as mudanças de hábitos no consumo.
Outro produto que apresentou queda foi o tomate, com uma diminuição de 7,94% no preço. De acordo com o IPF, a diminuição pode estar relacionada ao avanço da colheita, aumentando a disponibilidade do item nos mercados.
A projeção do instituto para as semanas seguintes, é que o preço dos produtos fique estável, já que a redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) dos combustíveis pode impactar nos valores.
Além da redução no preço de determinados itens, que estão em momento favorável de produção, segundo a Fecomércio.
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