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Saúde
Sexta - 05 de Agosto de 2022 às 11:51
Por: Joanice de Deus/Diário de Cuiabá

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Dentre os remédios elencados estão amoxilina, dipirona, dipirona injetável, prednisolona, azitromicina, ambroxol, entre outros
Dentre os remédios elencados estão amoxilina, dipirona, dipirona injetável, prednisolona, azitromicina, ambroxol, entre outros

Uma pesquisa da Confederação Nacional de Municípios (CNM) realizada com 51 dos 141 municípios de Mato Grosso, mostra cenário de desabastecimento de medicamentos essenciais nas farmácias básicas municipais, além de alguns insumos ambulatoriais.

A maioria das gestões (39,2%) indicou que a falta dos produtos se dá entre 30 e 90 dias.

As prefeituras foram contatadas entre 25 de maio a 20 junho passado, período em que a central de pesquisas da CNM telefonou para cada município em busca do profissional responsável pela assistência farmacêutica.

No Estado, das 141 prefeituras, 51 (36,2%) responderam às perguntas da Confederação Nacional.

“Em 74,5% (38) dos municípios de Mato Grosso, ocorre falta de medicamentos do componente básico”, apontou a CNM.

Dentre os remédios elencados estão amoxilina, dipirona, dipirona injetável, prednisolona, azitromicina, ambroxol, entre outros.

A relação das cidades entrevistadas não foi divulgada.

O levantamento revela ainda que 56,9% (29) dos municípios responderam que há falta de remédios do componente especializado.

Essa relação de produtos é recorrentemente comprada e distribuída pelos estados, ou seja, as secretarias estaduais de saúde aos municípios.

Neste caso, as administrações municipais relatam a falta de noripurum 100mg, novamox 400 mg, infliximabe 100mg, amicacina, adalimumabe, deposteron 200 mg, tocilizumabe e leflunomida.

Mas, dependendo das características e morbidades presentes na população, esses medicamentos podem ser comprados diretamente pelas gestões municipais.

Dos 51 municípios, 54,9% (28) recorreram à compra direta como estratégia para abastecimento e/ou solução a curto prazo para o desabastecimento de medicamentos e insumos.

“Isso afeta as gestões pois, esse tipo de compra remete a realização de compras emergenciais”, informa a CNM.

Já a falta de insumos básicos médicos e ambulatórios foi reconhecida por 16 das prefeituras contatadas.

Esses produtos são exemplificados por gazes, seringas, agulhas, ataduras, que são materiais de uso e descarte que se relacionam com o cuidado de baixa complexidade, ou seja, bens de consumo do cotidiano das unidades de saúde.

Diante do cenário crônico de desabastecimento, a CNM indagou se os pacientes eram informados sobre o motivo ou sobre a situação da ausência de medicamentos e insumos.

Nesse quesito, 72,5% (37) dos municípios afirmam explicar às pessoas o motivo da falta de medicamentos e insumos e apenas 5,9% (3) não fazem essa comunicação.

Os que não souberam responder a essa questão totalizaram 21,6% (11) dos respondentes.

Segundo a CNM, apenas sete municípios (13,7%) têm previsão de normalização dos estoques em até 30 dias e 7,8% (4) tem previsão de normalização em período acima de 30 dias.

Para a maioria (58,8%) ou 30 cidades, não há previsão de normalização. E, 10 (19,6%) não responderam.

Em nível nacional, o levantamento foi feito com 2.469 prefeituras.

No geral, a pesquisa constatou que mais de 80% dos gestores municipais relataram sofrer com a falta de remédios para atender a população.

Entre os motivos atribuídos para falta estão a guerra na Ucrânia, ao aumento dos custos de produção e a escassez de matéria-prima.

Contudo, o Ministério da Saúde (MS) garante atuar em conjunto com Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), estados e municípios e representantes das indústrias farmacêuticas para enfrentamento ao desabastecimento de insumos hospitalares no país.





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