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Economia
Terça - 24 de Julho de 2012 às 18:05

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A arrecadação da Receita Federal em junho somou R$ 81,107 bilhões, segundo dados divulgados nesta terça-feira (24). O resultado representa uma queda real (com correção pelo IPCA) de 6,55% em relação ao mesmo mês do ano passado. Em relação a maio, a arrecadação de junho apresentou um crescimento de 3,94%.

No primeiro semestre, a arrecadação de impostos e contribuições federais soma R$ 508,555 bilhões, um crescimento de 3,66% em relação a igual período de 2011.

Desde março deste ano a arrecadação vem desacelerando. No acumulado do primeiro trimestre, a alta real era de 7,32%, caindo para 6,28% no primeiro quadrimestre. Uma nova desaceleração foi registrada em maio, quando o aumento do recolhimento de tributos passou para 5,83%, e atingindo agora, no fechamento do primeiro semestre uma alta de apenas 3,66%.

Entre as razões apresentadas pela Receita para o desempenho fraco da arrecadação está a queda de 4,26% da produção industrial em junho ante o mesmo mês do ano passado. O desempenho fraco da indústria tem efeitos na arrecadação dos impostos.

Tributos
A arrecadação de junho também registrou queda dos principais tributos em relação ao mesmo período do ano passado. O recolhimento do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) teve queda de 13,65% e 6,95% respectivamente. O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) também teve uma redução de 6,48%, em função da queda da produção industrial em maio e das desonerações promovidas pelo governo. No IPI automóveis, a retração da arrecadação foi de 73,67%, em função da redução da alíquota.

A arrecadação do IOF também teve uma queda de 10,11%, em relação a junho do ano passado. Na Cide combustível, a queda foi de 45,50% devido a redução das alíquotas para a gasolina e o diesel, anunciada pelo governo para compensar o aumento dos combustíveis pela Petrobras.

Dentre os impostos que tiveram aumento em junho em relação ao mesmo mês de 2011 estão o Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF), 15,56%; o Imposto de Importação (II), 17,34%; a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), 5,05% e o Programa de Integração Social (PIS) 6,60%. A Receita Previdenciária também teve alta de 5,88% no mesmo período.

Crescimento menor
Com os resultados, a Receita Federal reviu para baixo a projeção de crescimento da arrecadação ao longo deste ano. A secretária-adjunta do Fisco, Zayda Manatta, informou que a alta da arrecadação deve fechar o ano entre 3,5% e 4%. A projeção anterior era entre 4,5% e 4%. "O viés é de baixa", admitiu. Mas em seguida ponderou: "O crescimento será mais próximo de 4%", disse.






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