

Faccionado pede visita da esposa e filhos na cadeia para 'salvar casamento'
Justiça negou o pedido de Luis Marcos Rodrigues para que fosse revogada a medida cautelar de “proibição de contato e comunicação com os demais denunciados” da Operação Dissidência, que mirou acusados de integrar organização criminosa, tráfico e associação para o tráfico de drogas. Luis está preso e sua esposa, Giseli Ieda Benitez, também foi alvo da operação, mas está solta. Ele disse que a proibição do contato tem prejudicado os filhos do casal e a relação matrimonial.
Luis e Giseli foram presos em março de 2023. Luis permaneceu preso na penitenciária de Sinop e a prisão de Giseli foi revogada para que pudesse cuidar dos filhos, com a imposição de medidas cautelares como a de proibição de contato com outros denunciados.
Ele relatou que convive maritalmente com Giseli há mais de 7 anos, sendo que tiveram 3 filhos e Luis estabeleceu paternidade afetiva com outros dois filhos da mulher. A defesa argumentou que a manutenção da medida “está afetando a relação matrimonial e familiar com os filhos, prejudicando o poder-dever de paternidade do requerente para com sua família”.
Luis, então, pediu que sua esposa seja autorizada a entrar no estabelecimento prisional para visitas periódicas, na companhia dos filhos, ou que seja permitida a realização de videochamada, para que “permaneça o vínculo sólido afetivo que possuem, além do interesse em acompanhar o crescimento de todos”.
O juízo da 7ª Vara Criminal de Cuiabá pontuou que o pedido deve ser direcionado ao juiz que aplicou a restrição. Também disse que, apesar dos prejuízos à relação familiar, a medida deve ser mantida.
“A medida cautelar impedindo o contato por qualquer meio com os acusados, certamente prejudica o convívio familiar e transcenderá em desfavor dos filhos menores do casal, sendo certo que é necessária à proteção integral à família [...]. No entanto, em virtude da designação da Audiência de Instrução no presente feito, por agora, não se mostra prudente a flexibilização da Medida Cautelar”, diz trecho da decisão.
Operação Dissidência
Em uma ação conjunta entre as forças de segurança, foi deflagrada em 18 de agosto de 2021, a 1ª fase da Operação Dissidência, que cumpriu 70 mandados de prisão e de busca e apreensão.
Com o material apreendido durante as diligências, outros integrantes que atuavam diretamente nos crimes praticados pelos grupos criminosos, em especial tráfico de drogas e homicídio, foram indiciados e as prisões representadas.
Os investigados presos na segunda fase, em março de 2023, respondem por crimes como integrar organização criminosa, tráfico e associação para o tráfico de drogas.
Durante as investigações, foi identificado que na região centro-norte de Mato Grosso estava ocorrendo uma guerra entre duas facções rivais, o que elevou, de forma considerável, o número de homicídios na região, causando pânico aos moradores.
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