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Policia MT
Sexta - 06 de Setembro de 2024 às 07:00
Por: Angelica Callejas/Mídia News

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Romero Xavier (detalhe), ex-marido de Raquel, não aceitava o fim do relacionamento
Romero Xavier (detalhe), ex-marido de Raquel, não aceitava o fim do relacionamento

A Polícia Civil obteve acesso às mensagens enviadas por Romero Xavier em grupo de WhatsApp no dia 18 de julho, data em que sua ex-esposa, a empresária Raquel Maziero Cattani, filha do deputado estadual Gilberto Cattani (PL), foi assassinada em sua casa.

Conforme a Polícia, Romero encomendou o crime e pagou R$ 4 mil ao seu irmão, Rodrigo Xavier, para que matasse Raquel em seu sítio, em Nova Mutum.

Nos prints da conversa, que foram divulgados pelo G1 MT, Romero envia vídeos e mantém diálogo com Sandra Maziero Cattani, mãe da vítima, e o deputado Gilberto Cattani. Raquel também era integrante do grupo.

No dia 18, Romero passou no sítio da ex-esposa para buscar os filhos, pois iria passar o dia com eles. Momentos antes, segundo a Polícia, ele deixou o irmão próximo à propriedade de Raquel, onde Rodrigo ficou escondido até a chegada dela.


Nos prints, é possível ver que Romero envia um vídeo dos filhos às 22h09, e minutos depois o deputado e sua esposa respondem a ele. O filho mais velho de Raquel completaria sete anos no dia 19, data em que o corpo de sua mãe foi encontrado.

“Eita, que legal. A alegria dele”, escreveu Sandra sobre o neto, que aparece animado com os presentes recebidos por seu aniversário.

Em seguida, Romero compartilhou outro vídeo, dessa vez da filha caçula. “Nossa bonequinha linda”, respondeu Sandra.

Pouco mais de 20 minutos depois, Romero enviou outro vídeo da filha e escreveu: “Nunca vi uma menina gostar de carrinho”.

As diversas mensagens e vídeos enviados pelo ex-marido de Raquel, segundo a Polícia Civil, eram para que ele tentasse criar um álibi para provar que não tinha envolvimento com o assassinato.

Entretanto, o plano de Romero foi por água abaixo uma vez que amigas próximas de Raquel relataram à Polícia que ele vinha ameaçando a ex-esposa por não aceitar o término do relacionamento.


Veja os prints:

G1 MT

prints romero caso raquel cattani

Prints do grupo de WhatsApp que participavam Romero, Raquel, o deputado Gilberto Cattani e sua esposa Sandra

O caso

Raquel e Romero estavam em processo de divórcio e tinham um casal de filhos, fruto dos nove anos de casamento.

Conforme as investigações, no dia do homicídio Romero levou Rodrigo até as proximidades da propriedade de Raquel, no assentamento Pontal do Marape, onde o deixou escondido.

Após isso, ele passou na casa da ex-esposa para buscar as crianças, almoçou na casa do deputado Cattani, ocasião em que chorou na frente dos familiares da vítima para forjar uma tristeza pela separação.

Depois, ainda conforme as investigações, ele levou os filhos para Tapurah a fim de criar o álibi e afastá-los do crime planejado.

Durante a tarde do dia 18 de julho, ele chamou algumas pessoas com quem não tinha muita convivência para beber e assar carne.

No período da noite, foi a três boates em Tapurah para reforçar o álibi de que estaria da cidade e, assim, não seria considerado o principal suspeito.

Já em Nova Mutum, diz a Polícia, Rodrigo ficou à espreita da vítima até ela chegar ao sítio, por volta das 20 horas.

Assim que Raquel chegou, ela foi esfaqueada até a morte. Para tentar forjar um latrocínio, o assassino revirou a casa da vítima, quebrou objetos e roubou itens pessoais dela e sua motocicleta.

De acordo com a Polícia, o assassino descartou o veículo e o celular de Raquel em um rio em Lucas do Rio Verde.





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