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Meio Ambiente
Quinta - 19 de Setembro de 2024 às 18:13
Por: Joanice de Deus/Diário de Cuiabá

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Em Mato Grosso e na maior parte da Amazônia, Cerrado e Pantanal, a maioria dos incêndios ocorre em pastagens
Em Mato Grosso e na maior parte da Amazônia, Cerrado e Pantanal, a maioria dos incêndios ocorre em pastagens

Nos oito primeiros meses deste ano, Mato Grosso concentrou 21% da área queimada em todo país, com 2,3 milhões de hectares destruídos pelo fogo.

Do total, 1.716.922 ha foram somente em agosto passado, o que representa um aumento de 271% em relação ao mesmo período de 2023.

Os dados são do mais recente levantamento do Monitor do Fogo, divulgado pelo MapBiomas.

No Brasil, o estudo mostra que 5,65 milhões de hectares foram queimados em agosto, que respondeu por quase metade (49%) da área registrada desde janeiro de 2024.

Na comparação com agosto de 2023, houve um salto de 149%.

Conforme o levantamento, com esse crescimento, o total acumulado desde janeiro mais que dobrou em relação ao mesmo período do ano passado.

Foram 11,39 milhões de hectares, o que representa 6 milhões de hectares a mais ou um crescimento de 116%, na comparação com 2024.

O monitoramento revela também que quase três em cada quatro hectares (70%) queimados foram de vegetação nativa, principalmente em formações campestres, que representaram um quarto (24,7%) de toda a área queimada em nível nacional nos oito primeiros meses deste ano.

As pastagens lideram as áreas de uso agropecuário queimadas no período, com 2,4 milhões de hectares.

Com 919.473 hectares, o Pará foi o segundo Estado com a maior área queimada em agosto, seguido do vizinho Mato Grosso do Sul (628.958 ha).

Em relação aos biomas, o Cerrado teve a maior área queimada em agosto passado, com 2,4 milhões de hectares, ou 43% de toda a área queimada no Brasil no período.

Em seguida, vem a Amazônia, com pouco mais de 2 milhões de hectares, seguida do Pantanal, com 647.849 ha.

Ainda no Pantanal, a área queimada aumentou 249% entre janeiro e agosto de 2024 em comparação à média dos cinco anos anteriores.

Foram 1,22 milhão de hectares, 874 mil hectares a mais que a média para o período.

Mais da metade (52%) desse total queimou em agosto.

Os quase 648 mil hectares queimados em agosto representam a maior área queimada já observada no Pantanal para esse mês pelo Monitor do Fogo do MapBiomas.

"A atenção para a alta incidência de incêndios permanece, visto que o mês de setembro é historicamente o mês que mais queima no bioma, que passa por um período de seca extrema”, alertou Eduardo Rosa, do MapBiomas, por meio da assessoria de imprensa.

Ainda no Estado, Barra do Garças aparece em primeiro lugar do ranking dentre os 10 mais afetados, com 107.907 hectares consumidos pelas chamas apenas em agosto.

Depois, aparecem Nova Nazaré (99.256 ha); Campinápolis (88.960 ha); Cáceres (83.021 ha); Campo Novo dos Parecis (77.405 ha); Tangará da Serra (71.765 ha); Rosário Oeste (70.800 ha); Barão de Melgaço (66.222 ha); Paranatinga (62.894 ha) e Conquista D’Oeste (58.101 ha).





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