Pivetta diz que deputada não tem ligação com apuração na Seaf e nega rompimento
Marcos Vergueiro/Secom-MT
Vice-governador de Mato Grosso, Otaviano Pivetta (Republicanos), negou que tenha rompido com a presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), Janaina Riva (MDB), após a demissão do ex-secretário estadual de Agricultura Familiar (Seaf), Luluca Ribeiro (MDB). Após a exoneração, o ele foi investigado por comandar compras com sobrepreço de kits agrícolas com recursos de emendas parlamentares.
Segundo ele, não existem problemas entre os dois e lembrou que a parlamentar não tem nenhuma ligação com as investigações. "Não existe isso [afastamento], não tenho nenhum problema com a deputada Janaina Riva, até porque ela não tem nada a ver com isso. Foi uma indicação do MDB", disse nesta sexta-feira (27).
Pivetta também afirma que não teme um eventual rompimento entre o governo e o MDB, já que o espaço dado ao partido não significa que a gestão aceitará erros. "Não temos compromisso com erro. E nós não acusamos ninguém. Houve uma denúncia e mandamos apurar. A partir daí não cabe ao governo cuidar de investigações. Isso [a operação] é ruim para o governo, cortamos na própria carne e agora vamos aguardar", completou.
Apesar de negar, é evidente que Pivetta e Janaina Riva se afastaram desde que Luluca Ribeiro foi demitido. Na época, a decisão partiu do próprio vice, que dias antes estava no comando do governo.
Nos bastidores, a informação é que a denúncia e demissão ocorreu visando as eleições de 2026, já que Janaina Riva é pré-candidata ao Senado, mesmo cargo visado pelo governador Mauro Mendes (União). Na semana da demissão também ocorria a disputa pela primeira-secretária da Assembleia, cargo que Janaina buscava há 2 anos. Porém, o Palácio Paiaguás vetou o seu nome e saiu vitorioso com a eleição de Drº João José (MDB) para o cargo.
Nesta semana, Luluca Ribeiro (MDB) foi alvo da Operação Suserano, da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), juntamente com mais 9 pessoas. Eles são acusados de superfaturamento na compra de kits agrícolas via emendas parlamentares. A Justiça determinou o bloqueio de R$ 28 milhões de todos os envolvidos.
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