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Judiciário e Ministério Público
Segunda - 04 de Novembro de 2024 às 10:21
Por: Fausto Macedo/O Estado de S. Paulo

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O contrato foi assinado no dia 9 de outubro pela desembargadora Clarice Claudina da Silva, presidente da Corte
O contrato foi assinado no dia 9 de outubro pela desembargadora Clarice Claudina da Silva, presidente da Corte

Pressionado após o afastamento dos desembargadores Sebastião de Moraes Filho e João Ferreira Filho, investigados por suspeita de venda de sentenças, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso prevê gastar R$ 1,3 milhão com serviços de buffet.

O Estadão pediu um posicionamento do tribunal sobre a despesa.

Em nota, a Corte informou que a licitação cumpriu todas as exigências legais e que o serviço de buffet vai “suprir necessidades do Poder Judiciário em eventos que incluem audiências públicas, congressos e cursos de formação abertos não só aos membros do órgão”.

O contrato foi assinado no dia 9 de outubro pela desembargadora Clarice Claudina da Silva, presidente da Corte, e prevê que a empresa vencedora da licitação deve fornecer comidas e bebidas para “eventos protocolares de caráter institucional”.

O próprio tribunal definiu opções de cardápio.

A lista inclui sanduíche de presunto italiano, tortinha de cogumelos trufados, quiche de bacalhau, barquinha de guacamole com torresmo e camarões, croissant de jamón espanhol, crostine de rosbife, moqueca de pintado, boeuf bourguignon, canoli de pistache, mousse de chocolate belga, sucos naturais e soda italiana.

Antes de fechar o contrato, a Corte fez um estudo técnico preliminar sobre a compra.

Essa é uma etapa obrigatória para a abertura de licitações por qualquer órgão público.

O estudo concluiu que os serviços são “imprescindíveis à continuidade das atividades fins do Poder Judiciário”.

Os serviços de buffet devem ser oferecidos em quatro modalidades – brunch, coffee break, almoço e jantar.

Os desembargadores do Tribunal de Mato Grosso foram afastados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão que administra e fiscaliza o Poder Judiciário, por suspeita de negociarem decisões e receberem pagamentos via PIX e até em barras de ouro.

Conversas encontradas no celular do advogado Roberto Zampieri, assassinado a tiros em dezembro de 2023, na porta de seu escritório em Cuiabá, colocaram os desembargadores de Mato Grosso na mira do CNJ.

O advogado é apontado como um “lobista dos tribunais” e arrastou outras Cortes para o centro de suspeitas de corrupção.

OUTRO LADO - Veja nota do TJMT sobre a reportagem do Estadão:

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso realizou uma adesão à ata de registro de preço da modalidade pregão eletrônico.

O procedimento licitatório em questão cumpriu todas as fases obedecendo aos princípios que regem à matéria, bem como à legislação sobre o tema.

O serviço de buffet tem o objetivo de suprir necessidades do Poder Judiciário em eventos que incluem audiências públicas, congressos e cursos de formação abertos não só aos membros do órgão.





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