Cuiabá detona Corinthians: "Faz trapaça e vai falir, vai quebrar" Timão contratou em 2024 o meia Raniele e só pagou a primeira de quatro parcelas de 500 mil euros
O presidente do Cuiabá, Cristiano Dresch, criticou o Corinthians e disse que o clube paulista faz “trapaça” ao contratar jogadores e não pagar pela compra.
O dirigente se referia ao caso da venda do meia Raniele, ex-Dourado contratado pelo Timão, que deu um ‘calote’ no time mato-grossense.
Só para o Cuiabá, o Corinthians paga 500 mil de juros por mês. Vai falir, vai quebrar
“O que o Corinthians faz é trapaça: contrata e não paga. Clubes que contratam e pagam começam a perder desses clubes [que não pagam]. E, perder ponto, é perder dinheiro. Tem de ser criadas regras de fair play financeiro para o clube só poder gastar o que ele tem no orçamento”.
A declaração foi dada em entrevista à Rádio CBN.
O Corinthians contratou Raniele em janeiro de 2024, em um acordo que estipulava o pagamento de 2,5 milhões de euros (cerca de R$ 15,5 milhões) em quatro parcelas, tendo direito a 60% dos direitos econômicos do atleta.
Entretanto, a equipe paulista honrou somente a entrada. O ‘calote’ levou o Dourado a entrar com uma ação na CNRD (Câmara Nacional de Resolução de Disputas), órgão da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) para resolver conflitos dessa natureza.
Segundo Dresch, muitos clubes grandes da série A estão em uma ‘bolha’ e muito perto de falirem.
“Existe uma bolha de papel de dívidas entres os clubes […]. Essa bolha vai explodir e vários clubes vão quebrar. Tem muito clube grande da Série A que vai falir”, afirmou.
Para ele, o Corinthians está nesse caminho.
“Tem clube, por exemplo, que fatura R$ 700 milhões por ano e paga R$ 100 milhões de juros. Como é que o Corinthians que fatura R$ 800, 900 milhões paga R$ 200 milhões de juros por ano?”, questionou.
“Só para o Cuiabá, o Corinthians paga 500 mil de juros por mês. Vai falir, vai quebrar, não tem outro caminho”.
Cristiano criticou também a legislação atual e disse que espera que uma nova regulamentação seja criada para evitar os ‘calotes’.
“Nos próximos anos com certeza vão ser criadas regras que vão coibir essa inadimplência. Foi criada uma fantasia em cima de contratos que não tem nenhum lastro e que vai fazer com que vários clubes quebrem e a partir disso, nós vamos ter uma regulamentação nova”, disse.
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