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Meio Ambiente
Sexta - 16 de Maio de 2025 às 18:18
Por: Joanice de Deus/Diário de Cuiabá

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Gustavo Figueirôa SOS Pantanal
O Estado respondeu por 7,5% do total de desmatamento verificado em nível nacional
O Estado respondeu por 7,5% do total de desmatamento verificado em nível nacional

Em 2024, o desmatamento suprimiu 92.553,6 hectares de mata nativa em Mato Grosso.

Com essa área, o Estado ficou na sexta colocação dentre as unidades da Federação que lideram a perda de cobertura de vegetação em todos os biomas do país.

No entanto, houve uma redução 43% comparado a 2023, quando 162.668,4 ha foram derrubados.

Os dados são da nova edição do Relatório Anual do Desmatamento (RAD) no Brasil, lançado na quinta-feira (15) pelo MapBiomas.

Pela primeira vez desde 2019, a iniciativa “MapBiomas Alerta” registrou, em um mesmo ano, queda na perda de cobertura de vegetação nativa em todos os biomas do país.

A única exceção ficou na Mata Atlântica, que se manteve estável.

O estudo, com dados até 2024, mostra que a área total desmatada no país recuou 32,4% em relação a 2023, enquanto o número de alertas validados caiu 26,9%.

No total, foram 60.983 alertas no ano passado, que somaram 1.242.079 hectares desmatados nos seis biomas brasileiros.

“Este é o segundo ano consecutivo de redução no desmatamento: em 2023, a retração havia sido de mais de 11% em comparação com 2022”, apontou o MapBiomas.

O Estado respondeu por 7,5% do total de desmatamento verificado em nível nacional.

O Maranhão liderou o ranking pelo segundo ano consecutivo, mesmo com redução de 34,3% na área desmatada, que totalizou 218.298,4 hectares no ano passado.

Depois vem o Pará, com 156.990 ha, seguido do Tocantins (153.310,5 ha); Piauí (142.871,2 ha) e da Bahia (133.334,9 ha).

Ainda que na última posição, Colniza (1.086 km a Noroeste de Cuiabá) está entre os 10 municípios com maior área desmatada em nível nacional no ano passado.

Por lá, foram 10.716,5 ha desmatado, o que representa um aumento de 13,4% comparado a 2023, com 9.447,2 devastados.

O primeiro lugar é ocupado por São Desidério (BA), com 18.049,0 ha.

Também nos últimos seis anos, 82,60% de toda a área desmatada no território mato-grossense cruzam espacialmente com uma autorização e/ou com ação de fiscalização.

O percentual estadual é superior ao nacional, que é de 54%.

Levando-se em considerados somente os últimos três anos, Mato Grosso, Espírito Santo, Tocantins e Goiás “mantiveram suas taxas de área desmatadas que cruzam com autorização e/ou ação de fiscalização acima de 70%”.

No geral, pelo segundo ano consecutivo, o Cerrado é o bioma com a maior área desmatada.

Em 2024, foram 652.197 hectares – mais da metade (52,5%) do total desmatado no país. E a Amazônia ficou em segundo lugar, com 30,4% da área desmatada (377.708 hectares).

Esta foi a menor área desmatada dos seis anos da série histórica do RAD, iniciada em 2019.

Outros 3% da área total de desmatamento ficaram com Pantanal (1,9% ou 23.295 hectares) e Mata Atlântica (1,1%, ou 13.472 hectares).

O bioma pantaneiro se destacou por apresentar a maior queda proporcional, registrando uma redução de 58,6% em comparação a 2023.

O Governo do Estado tem garantido realizar ações combate aos crimes ambientais, como desmatamento e incêndios florestais, realizadas por meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e das forças de segurança.

O trabalho envolve monitoramento de satélite e fiscalização contínua e efetiva dando prioridade aos municípios que mais desmatam.

Uma das ações é a operação “Amazônia”, uma força tarefa que integra órgãos estaduais e federais com monitoramento em tempo real por satélite de todo território, fiscalização contínua no local onde é identificado o crime ambiental, embargo de áreas, apreensão e remoção de maquinários flagrados em uso para o crime e a responsabilização de infratores.





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