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Judiciário e Ministério Público
Terça - 04 de Novembro de 2025 às 15:52
Por: Mariana Lenz/Gazeta Digital

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Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário de Mato Grosso (Sinjusmat) contesta informação do secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia (União), de que o reajuste salarial de 6,8% para os servidores traria um impacto financeiro aos cofres públicos na ordem de R$ 1.6 bilhão. A entidade afirma que, na realidade, o valor seria de R$ 42.005.899. O projeto foi aprovado em primeira votação na Assembleia Legislativa e passará por nova apreciação nesta quarta-feira (5).

Em vídeo publicado em rede social, o presidente da entidade, Rosenwal Rodrigues, rebateu as informações de Fábio Garcia em coletiva a imprensa na última semana. Na ocasião, o secretário admitiu que articulou com os deputados estaduais sobre a votação do reajuste e os “alertou” sobre as consequências e impactos financeiros que os valores teriam para os cofres do Estado.

“Houve diálogos com os deputados sobre o aumento e as consequências. Nós apresentamos a eles os números se for aprovado, tanto para o poder Judiciário quanto para os outros poderes. O impacto somente em termos de remuneração dos servidores é um total de R$ 1.6 bilhões, fora o impacto previdenciário. [...] Precisamos fazer escolhas, a média salarial dos servidores do judiciário é de R$ 22 mil, quantas pessoas vocês conhecem que ganham isso por mês?”, questionou Garcia.

O secretário ainda endossou que anualmente o governo do Estado já tem suplementado o duodécimo dos Poderes e criticou que o valor não é suficiente, sendo necessária a revisão dos compromissos financeiros. “Esse dinheiro é do povo mato-grossense, não pertence ao governo do Estado, nem ao Tribunal de Justiça, nem à Assembleia Legislativa, nem ao Tribunal de Contas, nem ao Ministério Público. Esse é o dinheiro do povo do Mato Grosso, que paga imposto”, disse o secretário.

Conforme Rodrigues, a média salarial dos servidores é de R$ 10.113,53. “Muito diferente da mentira que o senhor está divulgando. A suplementação dos poderes só ocorre quando há aumento de arrecadação para o Estado, o seu repasse é uma questão legal. Em vez de atacar o projeto dos servidores do Judiciário, não seria melhor honrar os votos que teve da população que teve como deputado federal e voltar para Brasília?”, rebateu.





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