Dois suspeitos de assaltar uma loja de informática morreram depois que o dono do estabelecimento reagiu ao crime e atirou na dupla, que também estava armada, no início da noite desta quarta-feira (20) em Cidade Dutra, Zona Sul de São Paulo. Segundo o boletim de ocorrência, o proprietário da loja chamou a polícia e se apresentou ao 98º Distrito Policial, no Jardim Miriam, onde permanecia detido na manhã desta quinta-feira (22).
O assalto aconteceu por volta das 18h na Rua Valter Ribeiro Marrani. Segundo o depoimento do dono da loja, de 28 anos, a dupla armada entrou no estabelecimento no final da tarde desta quarta e anunciou o assalto. Quando um dos assaltantes atirou, ele reagiu e acertou os dois suspeitos. Os criminosos conseguiram pegar R$ 111 do cofre da loja antes da troca de tiros.
Segundo uma atendente da loja, ela e o dono ficaram em um banheiro quando a dupla entrou. Quando ouviu que os bandidos pretendiam matar as pessoas no estabelecimento, o proprietário, que é praticante de tiro, saiu do banheiro e reagiu.
Após o tiroteio, o homem acionou a Polícia Militar, que providenciou o resgate dos dois suspeitos atingidos ao pronto-socorro do Hospital do Grajaú. A dupla, formada por um homem de 25 anos e por um adolescente de 17, morreu no hospital.
O proprietário da loja se apresentou ao 98º Distrito Policial juntamente com os policiais militares. Ele alegou legítima defesa e apresentou o registro da arma, mas não mostrou um documento autorizando seu porte. Apesar de não ter fugido depois do crime, ele foi detido e vai responder por homicídio simples.
A mulher do dono da loja contou que o estabelecimento já foi assaltado oito vezes em três anos. Ela não acha justo o marido ficar preso. "Não tinha como ele ficar simplesmente esperando o cara entrar no banheiro para matar ele”, comentou a mulher, que não quis de identificar.
Segundo a delegada de plantão na delegacia na manhã desta quinta-feira, Luciara de Cassia Campos, o homem foi detido por ter cometido o homicídio, e a alegação feita por ele de que agiu em legítima defesa será avaliada pela Justiça. O roubo cometido antes da morte dos assaltantes também será investigado. O comerciante deve ser transferido para um Centro de Detenção Provisória nesta quinta, onde deve permanecer detido até seu julgamento.
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