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Agronegócios
Domingo - 27 de Outubro de 2013 às 11:54

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As chuvas ditam o ritmo do plantio, especialmente em Mato Grosso, estado que até algumas semanas atrás ainda sofria com o forte período de estiagens. Na cadência das precipitações, cada vez mais regularizadas e constantes, a semeadura da safra de soja 2013/14 atingiu no final da última semana a marca de 50% de cobertura da área estimada e com esse avanço de mais 18 pontos percentuais (p.p.), o maior verificado desde o início dos trabalhos no Estado, a superfície atual empata com cultivada em igual momento do ano passado, mesmo que a atual projeção aponte para uma área de 8,30 milhões de hectares, 4,8% maior que a área anterior em 7,91 milhões. Nesse embalo, a expectativa de atingir extensão recorde deve se concretizar.

Conforme o acompanhamento de semeadura divulgado na sexta-feira pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o plantio que estava atrasado em relação a igual período de 2012 agora está 0,30 p.p. adiantado, já que no ano passado a semeadura atingia 50,3% da área a agora vai a 50,6%. Com o percentual atual, a soja da nova safra está germinando em mais 4,15 milhões de hectares, volume que considerando a proporção de aproveitamento da safra 2012/13, assegura superfície suficiente para o plantio da segunda safra, especialmente do milho safrinha.

A região oeste segue como a mais adiantada no Estado. Responsável por quase 13% da área destinada à cultura, o oeste - com previsão de cultivar 1,07 milhão de hectares - está com 63,6% da superfície coberta. Em segundo lugar está o médio norte com 62,3% da estimativa de 2,98 milhões de hectares semeados. A região concentra sozinha 35,95% da área cultivada no Estado com soja.

Em produção, o Imea também projeta volume recorde ao Estado, 25,7 milhões de toneladas, 8,49% maior que o recorde anterior.

NO CAMPO – Como destacam os técnicos da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado (Aprosoja/MT), “de todas as todas as circunstâncias que influenciam o cultivo do campo, o clima continua a ser aquela variável que o produtor não pode controlar”. Mesmo que com atrasos em relação ao ano passado, os produtores que ainda não retonaram os trabalhos no ritmo desejado, afirmam que não vão abrir mão dos investimentos previstos em tecnologia de produção.

Com a regularização pouco mais tardia das chuvas em relação ao ano passado, por exemplo, a safra transcorre com lavouras ainda sem registros da ferrugem asiática. Mesmo com ausência da doença fúngica sobre as variedades mais precoces, o monitoramento tem sido peça-chave para a condução dos plantios, visto que a presença de lagartas está confirmada, inclusive da espécie mais agressiva, a helicoverpa armigera. “Existem inúmeras plantas guaxas de milho, milheto, soja e algodão que estão servindo de alimento às lagartas desde a entressafra”, pontua o coordenador da Comissão de Defesa Sanitária Vegetal (CDSV) do Ministério da Agricultura no Estado, Wanderlei Dias Guerra.

 






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