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Tecnologia
Quinta - 09 de Fevereiro de 2012 às 01:41
Por: RAFAEL CAPANEMA

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Pessoas que preferem ler em papel vivem no passado. Cobrar por conteúdo não funciona. As mídias digitais são mais interessantes que as tradicionais porque têm maior nível de especialização.

As opiniões são de Julio Alonso, diretor-geral da Weblogs SL, maior empresa de mídia on-line em espanhol, que atua na Europa e na América Latina.

  Joel Silva/Folhapress  
Julio Alonso, diretor-geral da empresa de mídia Weblogs SL, durante apresentação na Campus Party
Julio Alonso, diretor-geral da empresa de mídia Weblogs SL, durante apresentação na Campus Party

"Não acredito que o papel vá morrer em breve, mas as pessoas que preferem ler em papel, sim", afirmou o espanhol nesta quarta-feira (8) na Campus Party.

Para Alonso, o modelo de oferecer um pacote jornalístico fechado sobre assuntos variados, como fazem os jornais, está com os dias contados. "Hoje, você pode ver o melhor conteúdo internacional em um site especializado, o melhor de entretenimento em outro e o melhor de esporte em outro", exemplificou.

Uma das maiores vantagens das mídias digitais em relação às tradicionais é a alta especialização, segundo Alonso. "Jornalistas generalistas não conseguem competir com os especializados, que conhecem profundamente os assuntos que cobrem."

Para Alonso, as estruturas de custos das grandes corporações de mídia, que costumam reunir seus funcionários em um mesmo espaço físico, são insustentáveis a longo prazo. Segundo ele, todos os 250 blogueiros pagos da Weblogs SL, que tem 13 milhões de visitantes únicos mensais, trabalham em casa.

Alonso crê ainda que cobrar por conteúdo jornalístico não funciona e vai contra a evolução da comunicação.

"A publicação aberta é o seu meio de distribuição. Se você cobra pelo conteúdo, sua visibilidade cai drasticamente e você fica fora da conversação", afirmou.

Segundo ele, se um outro meio oferecer gratuitamente a mesma informação, mesmo com qualidade ligeiramente inferior, terá repercussão muito maior do que aquele que cobra pelo acesso.






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