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Policia MT
Quarta - 11 de Janeiro de 2012 às 14:25
Por: Julia Munhoz

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A versão da Polícia Militar de que teria invadido a casa de uma família no bairro Pedregal e matado um cachorro na frente de um menino de 10 anos, foi contraposta pelo pedreiro acusado de ser suspeito de envolvimento em um assalto, em Cuiabá. José Roberto Assunção, 35 anos, afirmou durante entrevista ao Olhar Direto que estava trabalhando no momento do assalto e que só passou na casa dos pais por volta das 6 horas da manhã para buscar umas ferramentas.

Segundo a Polícia Militar, o suspeito, apontado pelos comparsas como ‘Neguinho’, estava na casa da família quando os policiais chegaram a residência e, por isso, eles invadiram e mataram o cachorro que teria sido solto pelo suposto assaltante.

Conforme o boletim de ocorrência, o acusado teria invadido a casa de um PM no bairro Jardim Universitário no início da manhã de ontem. Três participantes do assalto foram presos e levaram as guarnições até a casa do pedreiro, onde supostamente havia produtos de furto, porém nada foi encontrado.

Na empresa, onde José Roberto trabalha, tanto o porteiro quando o colega José Evaldo Pires, que é funcionário da transportadora há 5 anos, confirmaram que na segunda-feira (9), dia em que o pedreiro foi acusado de participar de um assalto, ele chegou ao trabalho por volta das 7 horas da manhã e só deixou o local as 17h30, quando concluiu o expediente.

Na segunda, policiais militares invadiram a casa dos pais de José Roberto, conhecido pela família e amigos como ‘Preto’ e depois de matarem o cachorro da família mandaram o sobrinho dele, T.E., 10 anos, limpar o sangue do animal.

O caso se tornou complicado pelo fato de que a versão da criança, que alegou estar sozinha no momento em que os policiais invadiram a casa, ser ‘desmentida’ pela Polícia Militar que afirmou, em boletim de ocorrência, que o suspeito do assalto estava na casa. A mãe do garoto e irmã do pedreiro acusado, Marinete Evangelista de Assunção, 39 anos, denunciou o caso a Corregedoria da PM, que deve instaurar uma investigação.

Durante a entrevista José Roberto disse que após o assalto do qual foi acusado de participar em nenhum momento foi procurado pela polícia e que não tem ido na casa dos pais por medo. "Eu não posso ir na casa dos meus pais, porque posse chegar lá e me prenderem. Eu estava trabalhando e me acusam de assalto", reclamou.






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