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Policia MT
Quarta - 23 de Outubro de 2013 às 09:15

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arquivo/assessoria

A juíza substituta da Vara Única da Comarca de Nova Canaã do Norte, Giselda Regina Sobreira de Oliveira Andrade, determinou que Wanderlei Teixeira de Almeida e Vanildo dos Santos, acusados de envolvimento na morte do ex-prefeito da cidade Antônio Luiz César de Castro, o "Luizão" (foto), sejam submetidos a júri popular. Na sentença de pronúncia ela reconheceu as provas da materialidade e indícios de autoria. A data do julgamento ainda deve ser definida.
 
Só Notícias teve acesso à decisão da magistrada, que apontou: "o crime fora cometido de forma bárbara, contra uma autoridade municipal de alta estirpe, consistente no prefeito, tendo os executores agido de forma organizada e planejada, além de que, cometendo o delito em local público e na presença de várias pessoas, demonstrando serem audaciosos e destemidos".

Em outro trecho, a juíza ainda destacou: "disso se colhe a gravidade em concreto do delito que exacerba, em muito, as circunstâncias normais de um crime dessa natureza, demonstrando, pelo modus operandi dos autores, sendo pessoas perigosas e que não temem ceifar a vida de qualquer pessoa que se coloque em contraposição aos seus interesses patrimoniais".
 
A magistrada decidiu manter preso Wanderlei descartando pedido de revogação da prisão. "Até porque, os elementos nos autos que indicam haver necessidade da continuidade da segregação do réu, a fim de garantir a ordem pública, conforme restou fundamentado na decretação da prisão preventiva", consta. O outro acusado já teve prisão revogada.
 
O ex-prefeito foi morto no dia 5 de agosto de 2011, com sete tiros de pistola calibre 380, durante uma festa de laço, em um clube de Nova Canaã, por um homem que chegou ao local encapuzado e perguntou quem era o prefeito Luizão. Em seguida fugiu em um veículo onde outro homem o aguardava.
 
A Polícia Civil de Mato Grosso, em operação conjunta com a polícia paulista, prendeu sos dois acusados de envolvimento no assassinato do prefeito. Wanderlei é acusado de coautoria no homicídio e foi preso em Diadema (SP), em maio do ano passado, na casa de um familiar. A Polícia Civil mato-grossense estava com duas equipes em São Paulo e conseguiu pegar ele após vários meses de investigação.
 
Na mesma semana, em Nova Canaã do Norte, investigadores prenderam Vanildo, acusado de ajudar Wanderlei a fugir e "intimidar testemunhas". Segundo as investigações, a motivação seria por uma série de fatores, sendo um deles a compra de um imóvel reformado com o dinheiro do assalto ao Banco Central, que depois foi tomado pela justiça e leiloado. O imóvel foi arrematado pelo prefeito e isso teria contrariado Wanderlei.
 






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