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Policia MT
Sexta - 23 de Dezembro de 2011 às 09:53
Por: Laura Petraglia

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A Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso está investigando o calote dado em empresas da capital por um site de compras coletivas. De acordo com informações da assessoria, o site Ofertodromo estaria promovendo vendas e não repassando o pagamento aos fornecedores, entre eles academias e restaurantes.

Até agora, ao menos dez empresas fornecedoras de serviços na internet já denunciaram o calote. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Estelionato, auxiliada pela Gerência de Combate aos Crimes de Alta Tecnologia (Gecat).

Uma das vítimas denunciou que fez contrato com a empresa Vox Publicidade, mantenedora do site, com sede na rua Barão de Melgaço, em Cuiabá, para venda e ofertas de produtos e serviços com descontos pela internet. A vítima é dona de uma peixaria e informou que forneceu mais de 100 refeições, porém, não recebeu o pagamento do site, uma vez que o cliente paga com cartão de crédito e o site emite um cupom que lhe dá o direito de consumir o produto. Um percentual da venda fica com o site e outro é repassado ao fornecedor.

A empresária contou à polícia que por diversas vezes tentou manter contato com empresa, mas o esforço foi em vão, pois o escritório de Cuiabá estaria fechado. O sócio do site, Alexis Rodrigo Borges Reis Me, e o gerente Albert Carlos Oliveira foram interrogados esta semana.

Na delegacia eles informaram que o site lança a oferta e o pagamento é feito para uma empresa credenciada a vários cartões de créditos, que fica com 5,6% do valor e repassa 22,4% para o site. O anunciante recebe um total de 70% da venda. Este pagamento, que deveria ser repassado às empresas fornecedoras, foi apropriado pelos sócios do site, que alegaram ter comprado um terreno e por isso precisaram usar o dinheiro.

A delegada Valéria Pimenta informou que após as queixas dos fornecedores o site suspendeu as vendas, mas a página ainda está em atividade. Conforme a delegada, até agora nenhum consumidor que adquiriu os serviços reclamou na Polícia.

“O consumidor que contratou o site foi lesado e isso está comprovado. Já o consumidor da ponta, que comprou, pagou e se não recebeu o produto também foi lesado, porém este ainda não reclamou”, disse.

O gerente e o sócio foram indiciados por apropriação indébita. “O prejuízo aqui foi para as empresas fornecedoras”, frisou a delegada.






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