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Quinta - 03 de Novembro de 2011 às 10:05
Por: Laura Petraglia

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A uma semana para a escolha do novo presidente do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Mato Grosso (CREA-MT), os dois candidatos ao posto prometem intensificar suas campanhas em busca de votos. Ao todo são mais de 12 mil cadastrados no conselho, que deverão ir às urnas no dia 8 de novembro.

Concorrem ao cargo de presidente do Crea-MT, Maristela Okamura, engenheira civil, conselheira por três mandatos em oito anos; e Juarez Silveira Samaniego, engenheiro civil, que foi conselheiro por dois mandatos em seis anos e também vice-presidente do Crea.

O Olhar Direto deu início, na semana passada, à publicação de entrevistas com os dois candidatos, permitindo-lhes que exponham suas propostas e opiniões sobre os interesses ligados à categoria. A entrevistada da vez é Maristela Okamura, de 48 anos. Ele é engenheira civil, formada em 1986 pela UFMT – Universidade Federal de Mato Grosso, Pós-graduada em gestão pública – Gerente de Cidade - pela FAAP – Fundação Armando Alvares Penteado.

Olhar Direto - Quais são suas principais propostas para a categoria?

Maristela – Terei, à frente do Crea, como princípio fundamental, a efetiva fiscalização do exercício da profissão, coibindo a atuação de leigos no mercado de trabalho, garantindo, desta forma, segurança e qualidade para a população. Além disso, quero Implementar um atendimento de excelência aos profissionais, tanto presencial, na sede e nas inspetorias, quanto pela internet, facilitando cada vez mais o acesso aos serviços. Quero estabelecer parcerias com outros órgãos para otimizar o funcionamento das nossas 23 inspetorias no interior do Estado. Pretendo que o Crea seja parceiro dos profissionais que integram o Sistema CONFEA/CREA/MÚTUA, contribuindo para o seu desenvolvimento, adotando medidas que objetivem o aperfeiçoamento técnico e cultural.
1 - Tornar o CREA/MT referência nacional de excelência no atendimento;
2 - Fomentar e promover o aprimoramento profissional;
3 - Promover em conjunto com as entidades de classe campanha de valorização profissional;
4 - Ampliar a descentralização e democratização do Conselho, proporcionando mais autonomia às Câmaras Especializadas e fortalecendo as Inspetorias;
5 - Aproximar o CREA/MT cada vez mais do cotidiano do profissional;
6 - Fortalecer as entidades de classe;
7 - Participar amplamente dos debates sobre os rumos de nossas cidades, do Estado, do País e das questões ligadas à engenharia e à tecnologia.

Olhar Direto
- Quais as principais dificuldades e carências dos profissionais no mercado de hoje?

Maristela – Ouvimos relatos dos nossos profissionais em mais de 23 cidades por onde andamos neste período de campanha, sobre seus maiores anseios e decepções com relação ao mercado de trabalho e ao Crea. A grande maioria reclama que o Crea não tem realizado uma efetiva fiscalização em todas as áreas de atuação, especialmente as ligada à agronomia. Os colegas agrônomos tem-se ressentido da baixa atuação do Crea em suas atividades, o que coloca em risco a própria saúde da população. Quando leigos e pessoas não habilitadas fazem uso de defensivos agrícolas, fertilizantes, sem acompanhamento técnico especializado, coloca com certeza em risco a saúde da população. E é dessa forma que protegemos a sociedade, verificando a atuação dos profissionais.

Olhar Direto - Com o crescimento da construção civil, parece faltar profissionais qualificados, o que fazer para mudar esta realidade? Essa sobrecarga, também não prejudica a qualidade do serviço?

Maristela – Mato Grosso e o Brasil estão sofrendo realmente um ‘boom’ de expansão e crescimento depois que tivemos a estabilização da economia do país, com certeza houve um crescimento bem acelerado e isto ocorre em todas as áreas. Além disso, nosso estado ainda tem um fator atípico que é o aquecimento do mercado; impulsionado pelas obras da Copa do Mundo, tem demandado profissionais da área da engenharia, tecnólogos, técnicos industriais, e da construção civil e com certeza o mercado fica mais aquecido. A capacitação é que vai fazer toda diferença entre os profissionais. O Crea tem um braço assistencial que é a MUTUA e através dele podemos preparar melhor os profissionais com cursos e especializações para atender melhor essa demanda de mercado.

Olhar Direto - Os maus profissionais são punidos? Por que parece existir uma superproteção da categoria entre os profissionais? Por exemplo, recentemente, o Crea detectou falhas nas obras do pronto-socorro de Cuiabá, o profissional responsável não deve responder a algum procedimento e até sofrer punição?

Maristela – O braço executivo do Crea é realmente a fiscalização do exercício da profissão. E esta é a contribuição que podemos dar à sociedade: verificar se os profissionais estão realmente fazendo seu trabalho a contento. Caso não estejam, encaminhamos para o conselho de ética para que sejam tomadas as providências devidas. Mais do que falar sobre os maus profissionais e casos pontuais, quero destacar a maioria esmagadora que é de bons profissionais. Não acredito em corporativismo porque todos os casos que chegam ao conhecimento do Crea são julgados pelo conselho de ética.

Olhar Direto - Quais cuidados uma pessoa deve ter na escolha de um engenheiro ou arquiteto na hora de realizar uma obra?

Maristela –
A primeira coisa que o cidadão deve fazer é verificar se o profissional tem registro no Crea, já que é isso que o habilita a exercer sua atividade. Segundo é buscar referências de mercado e de serviços que essa pessoa tenha realizado.






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