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Internacional
Segunda - 24 de Outubro de 2011 às 09:53

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O líder interino da Líbia, Mustafa Abdel Jalil, afirmou nesta segunda-feira que uma comissão de inquérito vai investigar a morte controversa do ditador Muammar Kadafi.

"Em resposta aos apelos internacionais, começamos a pôr em prática uma comissão encarregada de investigar as circunstâncias da morte de Muamar Kadafi no confronto com seu grupo enquanto estava sendo capturado", afirmou Jalil.

Jalil também anunciou em Benghazi a instauração de um governo de transição "dentro de duas semanas". "Começamos as discussões (sobre a formação de um governo) e esta questão não levará um mês, mas terá terminado dentro de duas semanas", indicou.

 

Mustafa Abdel Jalil disse que o conselho iria discutir na próxima semana quem iria liderar o novo governo, substituindo Mahmoud Jibril, que renunciou no final de semana.

Abdel Jalil, que no domingo disse que a Líbia havia adotado a sharia (lei islâmica) como fonte de sua legislação, tentou amenizar os temores de que o país possa se voltar para o extremismo religioso. "Quero certificar a comunidade internacional de que nós, líbios, somos muçulmanos moderados", disse.

Insurreição líbia culmina com queda de Sirte e morte de Kadafi
Motivados pelos protestos que derrubaram os longevos presidentes da Tunísia e do Egito, os líbios começaram a sair às ruas das principais cidades do país em fevereiro para contestar o coronel Muammar Kadafi, no comando desde a revolução de 1969. Rapidamente, no entanto, os protestos evoluíram para uma guerra civil que cindiu a Líbia em batalhas pelo controle de cidades estratégicas de leste a oeste.

A violência dos confrontos gerou reação do Conselho de Segurança da ONU, que, após uma série de medidas simbólicas, aprovou uma polêmica intervenção internacional, atualmente liderada pela Otan, em nome da proteção dos civis. No dia 20 de agosto, após quase sete meses de combates, bombardeios, avanços e recuos, os rebeldes iniciaram a tomada de Trípoli, colocando Kadafi, seu governo e sua era em xeque.

Dois meses depois, os rebeldes invadiram Beni Walid, um dos últimos bastiões de Kadafi. Em 20 de outubro, os rebeldes retomaram o controle de Sirte, cidade natal do coronel e foco derradeiro do antigo regime. Os apoiadores do CNT comemoravam a tomada da cidade quando os rebeldes anunciaram que, no confronto, Kadafi havia sido morto. Estima-se que mais de 20 mil pessoas tenham morrido desde o início da insurreição.





Fonte: AFP

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