Prefeitos buscam estratégias para superar crise do Consórcio de Saúde e pleiteiam hemodiálise em Diamantino

Os prefeitos que integram o Consórcio Intermunicipal de Saúde, situado em Diamantino, estiveram reunidos na manhã de ontem (26) para traçar estratégias de manter os atendimentos e diminuir  despesas, tendo em vista a falta de repasse do Governo Estadual desde o mês de abril.

“Foi uma reunião de ajustes. O Consórcio é obrigado a se adequar,  a qualidade do atendimento não mudará e sim a quantidade de atendimentos por município”  afirmou o prefeito de Diamantino, Juviano Lincoln.

Várias ações visando corte de despesas serão realizadas, inclusive a mudança do prédio do Consórcio, o que acarretará diminuição do aluguel.

“O valor per capta que o município de Sorriso recebe é maior do que o nosso, no entanto nossa resolutividade é maior. Conseguimos fazer com menos dinheiro mais do que lá, talvez seja pela necessidade, mas o fato é que o nosso Consórcio de Saúde é referência”, destacou o gestor de Diamantino.

Juviano Lincoln assegurou que não há empreguismo no Consórcio que segundo ele já trabalha de forma enxuta nos gastos. “Teremos que produzir com muito menos, o Estado nos repassou [recursos] até  o mês de abril, vai para cinco meses de atrasos”, explicou.

O diretor do Escritório Regional de Saúde, Paulo Lima da Silva Filho informou que será  agendada uma reunião entre os prefeitos e o secretário estadual de Saúde para que as reclamações sejam expostas.

Mesmo com a crise, o presidente do Consórcio, Massao Watanabe relatou o ensejo de que seja implantado em Diamantino o serviço de hemodiálise para os portadores de doenças renais, para evitar tanto o alto custo para o município quanto o desgaste dos pacientes que hoje são atendidos em Cuiabá.

“[Para que haja hemodiálise em Diamantino] depende grande parte da vontade política dos prefeitos que compõem o Consórcio e da vontade do Governo do Estado por meio da Secretaria Estadual de Saúde”, justificou o presidente, afirmando que toda região poderá ser beneficiada caso esse desejo se concretize.

>> Crise geral

O prefeito de Nortelândia, Neurilan Fraga apontou que há uma redução geral dos repasses do Governo do Estado para os municípios.

“Não  há administração que consiga cumprir com suas obrigações, porque nós temos um planejamento feito no ano anterior e chega agora tem essa redução drástica, contando com esse dinheiro e ele não vem, isso deixa qualquer administrador enlouquecido”, desabafou Neurilan.