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Cidades/Geral
Terça - 27 de Setembro de 2011 às 07:31
Por: DAFNE SPOLTI

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Bancos não cederam às reivindicações, sobretudo quanto aos quesitos segurança e saúde de trabalhadores
Bancos não cederam às reivindicações, sobretudo quanto aos quesitos segurança e saúde de trabalhadores
A partir de hoje os bancários de Mato Grosso estão em greve por tempo indeterminado. A categoria passou por diversas rodadas de negociação, mas não se sente contemplada com as propostas dos bancos. Durante o período em que não estarão trabalhando continuam funcionando os caixas-eletrônicos. Além disso, ficam nas agências funcionários, pelo menos da chefia.

Ontem à noite os funcionários fizeram assembleia geral para acertar detalhes para a greve. Segundo o presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários e do Ramo Financeiro (SEEB) de Mato Grosso, Arilson da Silva, a decisão da greve, cujo indicativo foi aprovado quinta-feira passada, foi uma decisão unânime. Para ele, “a Fenaban [Federação Nacional dos Bancos] mais uma vez não quer gastar um real”, disse, referindo-se ao bloqueio em concordar com melhorias.

Os bancários reivindicam melhoria na segurança e saúde dos trabalhadores; o fim do assédio moral cometido na pressão abusiva pelo cumprimento de metas; 12% de reajuste; melhoria na Participação nos Lucros e Resultados (PLR), que passaria a ser de três salários do trabalhador, e uma parcela fixa de R$ 4,5 mil. De acordo com o SEEB os bancos, que tinham oferecido 7,8% de reajuste, aumentaram na última negociação o valor para 8%. Quanto à PLR, o valor oferecido foi de 90% do salário e uma parcela fixa de R$ 1.186,66.

Também não houve avanço nos quesitos segurança e contratação de novos funcionários durante as negociações. Isso, de acordo com Arilson, é diretamente problemático tanto para os trabalhadores quanto para os clientes do banco. Correrão maior risco de assalto e devem sofrer maior desgaste no atendimento por conta do reduzido número de funcionários. O bancário Felipe Torquato Corrente falou até que existe um termo chamado “lixo-bancário” para aqueles clientes que recebem até R$ 2 mil mensais e, por isso enfrentam grandes filas, enquanto as pessoas que têm mais dinheiro recebem atendimento mais cuidadoso. Ele disse também que é humanamente impossível para um funcionário atender pessoas e ainda vender produtos como empréstimos, ou seja, seguir a meta de vendas.

Arilson reforçou que, contraditoriamente ao fato de não estarem propondo avanços para os funcionários, bancos do país lucram cada vez mais. Segundo ele, em média 15% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período em 2010. Ele contou ainda que um banco sozinho conseguiu até 45% de aumento no período.

Arilson disse que, apesar de a greve ser uma decisão individual, a maior parte da categoria está esclarecida. O sindicalista disse que é possível que alguns municípios não participem da mobilização no começo, mas que o Comando de Greve deve dialogar com outros bancários. “Aos trabalhadores não resta outro caminho, se não greve”, reforçou o presidente.




Fonte: Do DC

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