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Sábado - 10 de Setembro de 2011 às 18:19
Por: ISA SOUSA

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MidiaNews/Secom-MT
Geraldo de Vitto (destaque) foi indiciado no Escândalo dos Maquinários, mas nome sumiu de relatório
Geraldo de Vitto (destaque) foi indiciado no Escândalo dos Maquinários, mas nome sumiu de relatório

O nome do ex-secretário de Administração de Mato Grosso, Geraldo de Vitto, desapareceu da lista da Polícia Federal sobre os indiciados no "Escândalo dos Maquinários". O caso remonta ao superfaturamento de R$ 44 milhões, na compra de caminhões e máquinas pesadas, realizada em 2010, e distribuídas aos municípios do Estado, na gestão de Blairo Maggi (PR).

Conforme reportagem da TV Centro América (Globo/4), há indícios de que o despacho 10, do inquérito policial nº 051/2010, que tinha o nome de De Vitto, foi substituído por outro, com a mesma identificação, porém sem o nome do ex-secretário.

De Vitto, bem como o ex-secretário de Infraestrutura do Estado, Vilceu Marchetti, foram enquadrados por fraude em licitação e formação de quadrilha.

Além deles, mais dez pessoas foram indiciadas. Marchetti sempre negou que houvesse participado de qualquer fraude na compra de maquinários. De Vitto também vem negando, desde a descoberta do superfaturamento, que tenha participado de qualquer esquema.

Conforme justificativa do advogado do ex-secretário de Administração, Flávio Bertin, todo pregão para compra das máquinas foi gerado, levantado e verificados preços na extinta Secretaria de Infraestrutura. A pasta de De Vitto, afirmou Bertin, recebeu documentos apenas para que os mesmos fossem homologados.

"E, ainda assim houve, por parte da Secretaria de Administração, diversos questionamentos em relação a ele", disse o advogado.

A respeito da exclusão do nome de De Vitto na lista dos indiciados pela Polícia Civil, Bertin disse que recebeu a notícia com surpresa.

"O fato de ter um documento em que ele aparece como indiciado e, posteriormente, na própria Polícia Civil não estar, deve ser um uma divergência ou um erro", afirmou.

O inquérito da Polícia Civil, sem o indiciamento De Vitto, está com Ministério Público Federal há quase 10 meses, porém, até o momento, ninguém foi denunciado.

Conforme a delegada Lusia de Fátima Machado, que está no despacho 10, com a lista dos indiciados, juntamente com os delegados Alana Darlene Sousa Cardoso e Rogério Atílio Modelli, a investigação da Delegacia Fazendária foi acompanhada pelo Ministério Público Estadual.

Segundo Lusia, é preciso comparar a lista dos indiciados que está com as autoridades federais com o documento original da Polícia Civil.

Entenda o caso

O "Escândalo dos Maquinários" tornou-se público após a Auditoria Geral do Estado apontar um superfaturamento na compra dos equipamentos, em 2010. O caso foi parar no Ministério Público Estadual, que solicitou à Delegacia Fazendária a abertura de inquérito policial para investigar as denúncias.

Na época, a promotora Ana Cristina Bardusco relatou a ocorrência, em tese, de crimes de fraude à licitação e peculato, por parte dos responsáveis pelos pregões, que são realizados pela Secretaria de Administração.

Em seguida, os então secretários de Infraestrutura e Administração, Vilceu Marchetti e Geraldo De Vitto, respectivamente, solicitaram demissão.

De Vitto foi apontado como responsável pela condução do processo licitatório; Marchetti, como pivô do escândalo, uma vez que as aquisições foram feitas pela Sinfra.

Superfaturamento

No dia 25 de maio passado, a Auditoria Geral do Estado apresentou o relatório final da auditoria, que apontou um superfaturamento de R$ 44.485.678,00.

Deste montante, R$ 20.585 milhões são relacionados à sobrepreço na compra dos maquinários e R$ 23,899 milhões foram superfaturados somente na compra dos 376 caminhões basculantes.






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