Depois de receber alta, o eletricista foi até à delegacia registrar ocorrência. Ele voltou ao local do crime e encontrou dois projéteis deflagrados.
“Estou sentindo dor, mas estou tranquilo, graças a Deus”, disse Wazlawck. O eletricista conta que o condutor do caminhão já havia "fechado" o veículo dele por duas vezes, antes da colisão traseira.
O eletricista diz que saiu do carro para conversar com o caminhoneiro. “Ele já abriu a porta do caminhão armado”. Wazlawck lembra que pediu para o homem abaixar a arma para que pudessem conversar tranquilamente. “Ele não disse nada, nem discutiu, já atirou na minha testa. Ele atirou para matar”. Segundo a vítima, o condutor do caminhão não saiu do veículo.
Wazlawck chegou a cair, mas levantou e tentou tirar a arma do caminhoneiro. O homem atirou mais duas vezes e o empresário caiu de novo. “Eu rolei para o lado para ele não passar por cima de mim com o caminhão”. Toda a ação, segundo ele, não teria durado dois minutos.
O ex-sogro do empresário, que estava no carro com a vítima, saiu e começou a pedir socorro. “Eu estava consciente, lembro que ele (ex-sogro) andava de um lado para o outro gritando "meu amigo está morrendo, meu amigo está morrendo".
A vítima foi levada para a Santa Casa de Campo Grande. De acordo com o eletricista, os médicos constataram que as duas balas que o atingiram no queixo transfixaram. Uma delas chegou a atingi-lo no ombro antes de sair. A terceira bala ficou alojada na testa e não chegou a atingir o osso.
Wazlawck recebeu alta e será reavaliado para verificar se há como a bala ser retirada. Ele disse ao G1 que gostaria de retirar a bala em Toledo (PR), onde um primo trabalha como neurologista.
“Eu sou tranquilo no trânsito, nunca pensei numa situação dessa”. Neste sábado (27), pela manhã, o eletricista registrou um boletim de ocorrência de Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac). Após o registro, ele foi até o local do crime e conseguiu encontrar dois projéteis deflagrados. O caso foi registrado como homicídio doloso na forma tentada.
Ildo mostra um dos projéteis encontrados por ele no local do crime (Foto: Tawany Marry/G1 MS)
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