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Nacional
Quinta - 18 de Agosto de 2011 às 08:54

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Produtores ouvidos pela Folha aprovam a decisão de que metade da cota de três horas e meia semanais destinada no horário nobre da TV paga a produções brasileiras seja dada aos independentes, como prevê o PLC 116.

"É um reconhecimento da devida importância do setor", afirma o presidente da ABPI-TV (Associação Brasileira de Produtoras Independentes de Televisão), Marco Altberg.

Por mais que o texto da lei ainda dependa da sanção da presidente Dilma, Altberg afirma que o projeto abre espaço para um debate sobre a produção brasileira.

"Como a lei fala em conteúdo qualificado, produtos de dramaturgia, documentários e animações nacionais devem entrar no horário nobre da TV paga em breve."

Luiz Noronha, produtor-executivo e sócio da Conspiração --que fez "Mandrake" para a HBO e "Detox do Amor" para o GNT--, concorda. "Quem se prepara para a abertura de mercado vai saber fazer TV de qualidade. Criamos um departamento totalmente dedicado à produção televisiva", conta ele.

Para o produtor Roberto D"Ávila, da Monshoot Pictures, que fez a série policial "9MM", da Fox, a qualidade vai depender da verba.

O projeto prevê que 10% do Fistel (Fundo de Fiscalização das Telecomunicações) --ou seja, R$ 300 milhões--sirvam de incentivo aos independentes. Um episódio de "9MM", por exemplo, tem um custo médio de R$ 500 mil. Pelos cálculos de D"Ávila, sobrariam R$ 40 mil do Fistel para cada hora de programação.

"Com isso dá para fazer um programa de culinária bom, mas não uma série de ficção."

Belisário França, da Giro Produções, diz que o dinheiro é "um bom começo" e que o PLC 116 é um passo para uma produção independente de TV em grande escala.






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