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Repórter News - reporternews.com.br
Nacional
Quarta - 17 de Agosto de 2011 às 19:40

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Um empresário de Maringá, no norte do Paraná, foi condenado pela Justiça do Estado por ter publicado na internet fotografias íntimas de uma ex-namorada após o fim do relacionamento. O crime ocorreu em 2005.

A pena estabelecida foi de 1 ano e 11 meses de cadeia, mas ela foi convertida em prestação de serviços comunitários e ao pagamento de uma multa mensal de R$ 1.200 para a vítima pelo mesmo período da pena de prisão. Cabe recurso.

A autora da ação, a jornalista Rosemary Leonel, 41, já havia processado o ex-namorado, o empresário Eduardo Gonçalves da Silva, enquadrado nos crimes de injúria e difamação, e ganho em primeira instância na 4ª Vara Criminal de Maringá.

Segundo a sentença, a vítima manteve um relacionamento com o réu por três anos. Após o fim do namoro, o empresário, inconformado com o término, passou a denegrir a imagem da vítima, fazendo comentários pejorativos sobre ela para seus amigos, familiares e colegas de trabalho.

O empresário, de acordo com a Justiça, também encaminhou fotografias íntimas dela por e-mail para diversas pessoas e publicou as imagens em diversos sites nacionais e internacionais de conteúdo pornográfico. Algumas dessas imagens eram fotomontagens, segundo a vítima.

Segundo a sentença, Rose Leonel chegou a perder o emprego e a guarda do filho mais velho por causa da repercussão das fotos na internet. A propagação do material alcançou aproximadamente 200 mil endereços na internet, em vários países.

Ainda segundo a sentença, as fotos publicadas eram acompanhadas de textos cujo conteúdo descrevia a vítima como prostituta. Alguns dos textos chegaram a divulgar o telefone pessoal da mulher e o nome da empresa onde ela trabalhava.

Uma das juízas que votou pela condenação do empresário afirmou que a ação dele "inquestionavelmente destruiu a sua [da vítima] reputação tanto no plano pessoal, profissional como familiar, além de lhe ter ofendido a dignidade e decoro".

O advogado de Eduardo Silva, Israel Batista de Moura, afirmou à Folha que já recorreu da sentença. Segundo Moura, seu cliente nega ter enviado e publicado fotografias e fotomontagens na internet. O advogado diz que Silva também é "uma vítima" no caso, já que também teve a intimidade exposta.






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