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Terça - 02 de Agosto de 2011 às 13:59

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A Casa do Povo não foi liberada para os servidores da Companhia de Saneamento da Capital (Sanecap), que protestam contra a privatização da empresa de água de Cuiabá. Eles foram proibidos na manhã desta terça-feira de entrarem na Câmara Municipal de Cuiabá para uma vigília contra uma nova manobra por parte da base aliada do prefeito Francisco Galindo e do presidente do Legislativo, vereador Júlio Pinheiro (PTB). Os dois admitiram votar um novo projeto que permite fazer a concessão do sistema para a iniciativa privada, substituindo o projeto aprovado, atualmente suspenso por decisão judicial.

A presença da Polícia Militar no local causou tensão. Na semana passada, houve confronto entre militares e manifestantes no centro de Cuiabá. A Polícia foi acusada de atirar contra o grupo e usar spray de pimenta contra uma menina de 12 anos. Por ordem de Pinheiro, foi determinado que somente poderiam entrar no Legislativo o numero de pessoas suficientes para a lotação das galerias.

Enquanto os vereadores, reforçados pelos secretários Edivá Alves e Paulo Borges, que foram exonerados de suas funções para voltarem a atuar no legislativo municipal, estavam aos sorrisos no plenário, o servidores esbarram da Polícia Militar, chamada às pressas sob o pretexto de defender o prédio e a integridade dos parlamentares municipais.

Centenas de manifestantes compareceram na Câmara e viram uma tropa de choque disposta a qualquer coisa para cumprir ordens superiores e justamente em uma local que o principal slogan diz: "Pode chegar, a casa é sua!".

Nem mesmo o deputado federal Valtenir Pereira (PSB), que defende publicamente os servidores e critica a decisão do prefeito Chico Galindo (PTB) teve permissão de entrar no parlamento. Foi barrado na porta, sob a alegação de que não possuía uma credencial especial fornecida pela presidência da Câmara para a sessão desta terça-feira.

O projeto de privatização, proposto pela Prefeitura ainda não foi aprovado, mas os vereadores dão claras demonstrações de que não vão se importar com a pressão popular. O vereador Adevair Cabral (PDT) defendeu a intenção da administração municipal em conceder à iniciativa privada os serviços de água e esgoto da capital. Numa comparação simplista, ele lembrou da privatização da energia elétrica, que representou grande melhorias.

Vereadores da base do prefeito subiram a tribuna para defender o projeto. "Não importa a forma. Queremos que a água chegue na torneira dos moradores", discursou o líder do prefeito, vereador Éverton Pop (PP).

Até o momento, demonstraram votar contra a aprovação do projeto os vereadores Domingos Sávio (PMDB), Toninho de Souza (PDT) e Lúdio Cabral (PT). Os votos não serão suficientes para impedir a aprovação do projeto

O prefeito defende ainda que a empresa que assumir os serviços invista R$ 100 milhões, quite as dívidas da Sanecap e mantenha os servidores
Fonte: 24 Horas News






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