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Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Sábado - 30 de Julho de 2011 às 08:07

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Os pecuaristas credores do frigorífico Independência S.A. e a Nova Carne Indústria de Alimentos Ltda. continuam na expectativa de receber uma conta de mais de R$ 50 milhões devida desde o dia 27 de fevereiro de 2009, quando foi protocolado o pedido de recuperação judicial do grupo. Ontem, em São Paulo, durante a terceira Assembleia Geral de Credores (AGC) deste ano, houve mais uma suspensão da solução. A AGC foi solicitada para pedido de autorização de venda de ativos do frigorífico, mas, por unanimidade, foi aprovada a suspensão da assembleia, transferida para o dia 22 de agosto.

“O pedido de suspensão veio por parte do banco J.P.Morgan, alegando a necessidade de nova avaliação dos ativos do frigorífico, que na primeira avaliação era de R$ 700 milhões e a melhor oferta feita para a compra desses ativos foi de R$ 250 milhões”, resumiu o assessor jurídico da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Leonardo Bressane, que acompanhou a AGC. A questão não era apenas no baixo valor oferecido, mas também a situação da empresa Alfredo Kaefer Cia. e Ltda., de Cascavel (PR), que faz parte do grupo que detém o frigorífico de aves Diplomata, “que possui uma dívida de R$ 85 milhões, que compromete 100% de seu capital social”. Além disso, segundo Bressane, “foram levantadas inúmeras questões de ordem por diversos proprietários que mantém algumas máquinas que estão instaladas nas plantas que não são de propriedade da recuperanda”.

“É um absurdo toda essa situação e a paciência de todos está se esgotando”, disse o superintendente da Acrimat, Luciano Vacari. Ele ressalta que a Acrimat vai continuar firme no propósito “de total pagamento da dívida que o Independência tem com os pecuaristas há mais de dois anos”. A dívida inicial do grupo era com 1.524 pecuaristas credores de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Minas Gerais e Goiás, um montante de R$ 152,4 milhões. Desses, ainda restam quitar R$ 50 milhões e enquanto isso não acontece às quatro plantas de abate bovino, em Mato Grosso, instaladas nas cidades de Confresa, Juína, Nova Xavantina e Pontes e Lacerda continuam fechadas, assim como nas demais unidades do Brasil.





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